Kalúnia 69 - Como mudar a CBF apesar da Unimed - Prefeito desmata praça

Um jornal de boatos confirmados

Se os brasileiros querem mesmo mudar a malfadada Confederação Brasileira de Futebol - CBF - que não passa de uma empresa locatária de jogadores, só tem um jeito: boicotar os jogos da seleção e suas transmissões pela tv.

Não adianta sonhar com a volta da CBD - Confederação Brasileiira de Desportos - porque a Fifa não aceitará.

O negócio é audiência zero para a seleção.

Ou a bagunça continuará com patrocinadores escalando jogadores como revelou o sempre brilhante Carlos Brickman em sua coluna Circo da Notícia n'Observatótio da Imprensa:

"O técnico Luiz Felipe Scolari não responde a perguntas sobre suas opções de jogo. Os repórteres, portanto, não teriam como saber oficialmente, pelas palavras do técnico, por que Fred se manteve tanto tempo como titular, mesmo em má fase.

Mas certas coincidências poderiam ser mostradas. Coincidência é sempre algo curioso, não? Fred é patrocinado pessoalmente pela Unimed-Rio, dirigida por seu admirador Celso Barros. Seu salário é de R$ 900 mil mensais, pagos pela Unimed-Rio, e o contrato vigora até 2015. A Unimed-Rio coloca R$ 30 milhões por ano no Fluminense.

A Unimed (o sistema todo, que inclui Unimed-Rio e outras unidades, mais a Unimed Seguros) é patrocinadora oficial da Seleção Brasileira de Futebol – e também das seleções olímpica, sub-15, sub-17, sub-20, sub-23 e Feminina. Tanto que foi a Unimed, com ampla exposição de marca, que levou Neymar de Belo Horizonte para o Guarujá.

Em sua proposta de renovação de contrato, de 2015 a 2019, Fred pediu R$ 1,25 milhão por mês. Se o Brasil ganhasse a Copa, o salário pedido passaria a R$ 1,8 milhão por mês.

Imagine o caro colega que a Seleção ganhasse a Copa. Quanto passaria a valer o passe de seu centro-avante titular? A multa contratual de hoje é de R$ 30 milhões."

Prefeitura arrasa

- Quem visitar hoje Itajubá, no Sul de Minas, irá se deparar em seu Centro, mais exatamente na praça Theodomiro Santiago com um trator arrancando com raiz palmeiras centenárias e tapumes cobrindo um coreto histórico destruído. É a revitalização do centro da cidade como anunciou o prefeito Rodrigo Riêra (PMDB) e o jornal Itajubá Notícias. A reforma urbana promovida pelo prefeito poderá no futuro ser positiva mas já acabou com o passado e é um desastre no presente.Fora um prometido aeroporto que nem com a Copa saiu apesar da promessa pública empenhada solene do então governador Antonio Anastacia (PSDB),atual candidato ao Senado.

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País do Futebol

- Quando se fala em revolução no futebol brasileiro, ainda mais próximo a uma Olimpíada no Rio de Janeiro, por que o Governo não menciona um plano de educação esportiva real nas escolas públicas de todo o país e de instalação de praças esportivas?

As crianças e jovens brasileiros não tem onde jogar futebol em quase todo o país dentro da urbanização estúpida de nossas cidades. Além disto, a prática desportiva não acontece a não ser em algumas poucas instituições particulares.

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Manifestações

São Paulo-Capital, 19 de junho: O Movimento Passe Livre – MPL – lidera a quebra de cinco agências bancárias, duas lojas de automóveis importados, um carro de imprensa da TV Gazeta, lixeiras, orelhões e vasos de plantas; na avenida Paulista e arredores. E cerca de mil e trezentas pessoas participam da zona por tarifa zero no transporte público, junto com “Índios” de arco e flexa cobrando demarcação de terras!

Depois de atirar rojões contra a polícia militar, durante o protesto, no largo do Batata, black blocs entraram no rolo para destruir dez carros novos importados de uma concessionária, de valor estimado em R$ 1,7 milhão. Apenas um Mercedes – Benz CLS 63 AMG arrebentado valia R$ 600 mil.

Em plena Copa, as manifestações de rua no Brasil como esta tornaram-se nitidamente pontuais. Existe,porém, um foco comum e inegável ainda em todas: o repúdio ao governo petista. Ou seja, elas ensejam desaguar na eleição de seu maior opositor – o PSDB e o candidato Aécio Neves.

A cada tumulto em São Paulo, no Rio de Janeiro ou em outras capitais, a repercussão televisiva se espalha pelo país responsabilizando diretamente o PT e a presidente, não importando se as reivindicações aconteçam na alça dos governos estaduais ou municipais. O movimento anticopa foi o mais característico já que carregou uma pauta impossível como a do passe livre; e serviu apenas de pretexto à fúria contra um governo que teria vendido a pátria desde o mensalão. Ou às torcidas organizadas que não entraram nos estádios.

O DIEESE registrou o maior número de greves do país dos últimos cinco anos em 2012, quando elas chegaram a 873. A cada uma delas os apresentadores dos noticiários policiais de tv ironizam: “Não era Lula e o PT que antes promoviam greves?”

A concentração dos protestos nos grandes centros urbanos, ao sabor de comandos anônimos de agitação, permitiu e obnibulou o governo com o discurso de “tudo está bem, não há motivo para isto”. Ao mesmo tempo, existe uma clara identificação das manifestações com o apoio popular ao golpe que derrubou o presidente João Goulart, em 1964, presidente à época do PTB. Quer dizer, a linha geral dos protestos é nitidamente conservadora e reacionária – o que se grita é por “Ordem e Progresso” – no sentido do fim da corrupção, do combate duro à criminalidade, da extinção do poder dos políticos, de menos impostos e obrigações trabalhistas que estariam barrando o desemvolvimento do país e sufocando a iniciativa privada.

Observa o ptofessor universitário , Giovanni Frizo, no artigo “Educação, processos de consciência e as Jornadas de Junho, publicado pela revista Universidade e Sociedade, do Sindicato das Associações dos Docentes do Ensino Supeirior – ANDES – que as Jornadas de Junho foram hegemonicamente constituídas “pela juventude (entre 16 e 30 anos) que não vivenciou as lutas da década de 80, que representam um importante período do avanço de consciência”, acrescentando, ”além disso, são jovens que tiveram sua formação por dentro de um sistema de ensino (da Educação Básica ao Ensino Superior) completamente direcionado sob a tutela do neoliberalismo, da pedagogia das competências, da teoria do capital humano e do esfalecimento do conhecimento científico sob as perspectivas pós-modernas.” Daí ao nó da questão:”Vivenciaram as idéias dominantes da classe dominante durante sua formação escolar”, o que resulta,”posturas antipáticas a qualquer luta política.”

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Zulcy Borges - jornalista diplomado
Enviado por Saskia Bitencourt em 18/07/2014
Reeditado em 21/07/2014
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