A polícia da ''Dessegurança''

No Brasil, existem muitos centros urbanos extremamente movimentados, seja por ocasiões como protestos, comemorações, feriados ou pela rotina de milhares de trabalhadores que dependem das ruas para sobreviverem. Nesse contexto, vem se discutindo, na sociedade brasileira, a avaliação das ações dos policiais que atuam nessas áreas.

No mês de setembro desse ano, o camelô de DVD's Carlos Augusto Braga foi morto por um policial militar na cidade de São Paulo. Ele defendia um amigo ao tentar retirar do policial o ''spray'' de pimenta, mas o policial estava com o dedo no gatilho do revolver e matou Braga, isso demostra a falta de preparo desse policial por se tratar de uma situação onde não era necessário o uso de armas de fogo, já que essas pessoas eram trabalhadoras e não criminosas.

É inegável que existem muitos policiais preparados e que trabalham para proteger os cidadãos. No entanto, há um número expressivo de policiais corruptos e má índole que estão nesta profissão apenas como forma de obterem sua fonte de renda, não estando realmente entregues à ideologia de defesa dos cidadãos que deve está atrelada a essa profissão.

Vivemos em uma sociedade violenta e individualista, onde o uso do diálogo na resolução de problemas é substituído, em muitos casos, pelo uso da força. Isso é, em certa parte, herança do regime militar, período onde o uso da violência pela polícia para conter manifestações contra o Governo era legitimado por leis, como o AI-5.

É evidente que há muito o que se melhorar na atuação de policiais brasileiros para que não ocorram mais casos como o do camelô Carlos Braga. Para isso, é necessário a criação de mecanismos que busquem a constante preparação dos policiais para que haja uma melhor atuação em situações de tensão, a criação de barreiras que selecionem, na admissão de novos policiais, as pessoas que realmente estejam com o intuito de proteger os cidadãos, o investimento do Estado em campanhas que busquem divulgar na sociedade brasileira princípios coletivistas como o respeito ao próximo e em nível individual, é necessário que cada um de nós procure seguir exemplos de grandes pacifistas como Mahatma Gandhi, Nelson Mandela e Jesus Cristo.

Marcos Winchester
Enviado por Marcos Winchester em 15/10/2014
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