[A casa da velha margem]
A casa da velha margem
Inundada pela alegria do pôr-do-sol
Lembrada pelos olhos velhos de idade
Desmorona por cada lágrima
Quando bate, espontânea saudade
A casa da velha margem
A velha de idade.
Lembro-me ainda eu
Quando pausava com meus cambas
Acolhíamos o dia e as suas novidades
As damas passavam
Deixavam curiosidades
Para serem sucumbidas
Em horas clandestinas
Dentro ou fora da cidade
Melhor no escuro, longe da luminosidade
Conquistamos na margem do tempo
A velha, na antiga realidade
Cantávamos glórias em cânticos.
Lembro-a cheio de saudades
Lembro-a crepuscula vespertina
O resto da infância e a cidade
Lembro-a velha, cor do sol a pôr-se, da sinceridade
Longe do mar
No lancil da liberdade
A casa da velha margem do pôr-do-sol
Era realidade.