A ESTÉTICA DO ESCREVER

Primeiramente, há que se definir o que é estética e cavar sua etimologia,

para começar este texto:

"Estética é um termo originário da língua grega, mais especificamente da palavra aisthésis; tem como significado o ato de perceber, de notar. É um ramo da filosofia denominado filosofia da arte que estuda a essência da beleza ou do que é belo, seja natural ou artístico, e a base da arte."

- Estudar a essência do belo, seja na arte ou na natureza (se é que a arte não é parte da natureza), é complexo e requer muita dedicação, ainda assim podendo o mais atento dos observadores a incorrer em subjetividades variadas, ficando impossibilitado de achar a matriz, a essência, ou seja, o objetivo (se é que esse existe também, mas...).

Escrever pode ser arte e como arte pode ser instituída uma estética da escrita. Seguir ou não uma certa métrica, uma certa regra, uma certa cadência etc, pode ser considerado belo.

O que eu gostaria de abordar neste texto é o cuidado necessário do escritor para não ter como mister a necessidade de se enquadrar e se adequar completamente a um certo estilo de linguagem, pois isso o limitaria. É claro que a linguagem por si só já tem seus limites, mas a especificação de estilos e regras dentro desta é mais cerceante ainda.

Para muito além desses limites previamente abordados, há que se ter cuidado com a vaidade. Sim, a vaidade. Me lembro de uma frase de John Milton, interpretado por ninguém menos que Al Pacino, no filme "O Advogado do Diabo" - "Vanity is my favorite sin" ou "A vaidade é meu pecado favorito".

Escrever bem nem sempre é escrever bonito e escrever bonito nem sempre é escrever bem. Que todos os amantes do escrever tenham isso em mente, e mãos à obra!

Conca Castro
Enviado por Conca Castro em 06/04/2015
Reeditado em 11/04/2015
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