A VALORIZAÇÃO DO SER FEMININO: TODA MULHER MERECE SER RESPEITADA

Roupas, maquiagens, maneira de se portar, se tronaram grandes vilões da mulher contemporânea. Uma roupa decotada, uma saia mais curta, uma maquiagem mais marcante, uma mulher na mesa de um bar, se tornaram símbolos de desrespeitos para classes mais conservadoras. Graças a estes antigos paradigmas que a mulher deve ser apenas um objeto, que dever servir ao seu marido e cuidar da casa e filhos, nos dias de hoje a mulher acaba sofrendo violências, assédios, agressões e diversas formas de desrespeito por fugir da maneira considerada padrão.

O desrespeito a mulher não está apenas dentro de suas casas, está em todo o lugar por onde elas passam. Em nosso país é comum ver uma mulher bonita e com roupas mais chamativas receber o famoso “Fiu-fiu” ou “ Oh lá em casa” que na maioria das vezes sai da boca de um homem. Para muitos isso é símbolo do “macho alfa”, porém não se pensa como aquela mulher se sente ao ser abordada desta forma. Um belo exemplo que temos na mídia brasileira, é a propaganda da Itaipava, onde o bordão “Vai verão, vem verão” é direcionado a uma mulher chamada Vera, com um top e uma saia curta servindo cerveja enquanto os homens admiram as curvas do seu corpo nas suas idas e vindas do balcão. Vemos claramente que esta propaganda, querendo ou não é uma violência subjetiva disfarçada de marketing. Outra violência disfarçada, está nas músicas de baixo calão que desmoraliza as mulheres e ainda existe mulheres dançam, indo assim contra o esforço de milhares de mulheres que batalharam por respeito e da deputada estadual Luiza Maia, que criou o projeto de lei 12.573/12 “Lei Antibaixaria” que proíbe a contratação de bandas que tem músicas que desmoralize a mulher utilizando verba pública.

Além dessas violências verbais, a mulher ainda é vítima das violências físicas, dentro de suas próprias casas por seus companheiros, por motivos banais, como ciúmes, e nas ruas por um qualquer desconhecido que se acha no direito de violenta-la, pelas suas vestimentas ou por seu próprio desejo doentio. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2013, a cada dez minutos uma mulher era estuprada no Brasil. Um número espantoso, porém, uma realidade que muitos se recusam a ver. A campanha “Ninguém merece ser estuprada” foi uma das mais belas em favor da mulher que ocorreu no território brasileiro e que serviu de alerta, onde muitas mulheres e apoiadores soltaram a sua voz e mostraram a sua força.

A violência contra a mulher é algo que não pode ser mais admissível nem no Brasil, nem no mundo. No Brasil a “Lei Maria da Penha”, é uma das leis que mais protege as mulheres, porém é necessário que exista a denúncia, que na maioria das vezes não é feita por causa do medo ou da vergonha. A sociedade necessita de conscientização, necessita de estimulo para que mudanças sejam feitas, cabe ao governo entrar também nesta luta, investindo em campanhas informando os direitos femininos, oferecendo mais apoio psicológico, mais programas de assistência a mulher, cabe também a sociedade encorajar, cabe a vítima ser encorajada e buscar por ajuda. Um assovio, uma frase constrangedora, qualquer assédio, ser agredida, tudo isso é crime, e a melhor forma de erradica-las da nossa sociedade é denunciando.

Asous
Enviado por Asous em 08/09/2015
Reeditado em 08/09/2015
Código do texto: T5375477
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