Cinco segundos

Não passou de cinco segundos, o gorjeio de um pássaro ao fundo, um pássaro urbano, ave do cotidiano... Silêncio...

Todos os carros passavam ao longe, o barulho se perdia no vácuo do silêncio que rodeava o lugar, até mesmo as conversas pareciam distantes, murmúrios indecifráveis, não que eu quisesse entendê-los, eu permaneci ali, parado, congelado, olhando o nada.

Não durou mais do que cinco segundos, nada mais do que cinco segundos, mas, é um tempo quase como o de um monastério em meditação, se tratando de São Paulo, cinco segundos em silêncio, é muito tempo.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 29/07/2016
Reeditado em 22/09/2020
Código do texto: T5713271
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