Cinco segundos
Não passou de cinco segundos, o gorjeio de um pássaro ao fundo, um pássaro urbano, ave do cotidiano... Silêncio...
Todos os carros passavam ao longe, o barulho se perdia no vácuo do silêncio que rodeava o lugar, até mesmo as conversas pareciam distantes, murmúrios indecifráveis, não que eu quisesse entendê-los, eu permaneci ali, parado, congelado, olhando o nada.
Não durou mais do que cinco segundos, nada mais do que cinco segundos, mas, é um tempo quase como o de um monastério em meditação, se tratando de São Paulo, cinco segundos em silêncio, é muito tempo.