Desespero, Alegria, amor incondicional

Não! Eu não esperava, nós não lhe planejamos, muito menos fôra de cara aceita. Logo quando soube minha cara tremia de uma alegria tão inocente que nem mesmo sabia se era nervosa ou se era felicidade. Caiu a ficha estou grávida, vou ser mãe! E claro que mesmo tão jovem eu assumi uma responsabilidade que vinha do meu inconsciente, pois nem eu mesma sabia que existia, e o que existiu na verdade foram represálias. Nossa tão jovens, vocês são loucos no mínimo irresponsáveis. Mas porque loucos se semeamos o amor em nós! O que há de impedir a felicidade de gerar uma vida.

E passamos nove meses tendo apenas um ao outro e o apoio de poucos. E na hora da sua chegada fui plena, serena, calma, eu sabia o que esperava, era como se já tivesse parido uns cinco filhos, eu não tremia como à nove meses atrás e sim tinha passos firmes e molhados pois a bolsa havia estourado. Uma hora, muitas horas em trabalho de parto e eu te dei a luz, na sala todas as enfermeiras da maternidade, pois só tu vinheste ao mundo naquela hora, naquele hospital, todo aparato médico, seu pai com a tesoura a postos e não menos importante aquela que me deu a vida pra um dia eu saber o que estava passando naquele momento, minha mãe, sua vovó.

Viva! Ela nasceu, perfeita, saudável, muito, muito amada e esperada por nós, seu pai falava ao pé da minha barriga pra você que tinha alguém muito importante aqui fora e que você ia conhecer além da voz, ia fazer e receber carinho, olhar olho no olho ao ser amamentada e abrir aquele sorriso quando você  falasse mamãe.

Eu tenho orgulho de carregar esse nome imponente, forte, necessário na vida de um filho, o que seria da minha vida se não fosse a minha mãe, assim com certeza nada seria se não fosse eu na vida deles.