Vou-me embora pra Belém do Pará
Vou-me embora pra Belém
lá todos os dias o Papai do Céu abençoa aquele solo a oferecer sol e chuva,
lá as comidas típicas são o verdadeiro encanto dos paraenses,
lá as mangueiras, com seus frutos, saciam a fome daqueles que parecem ser invisíveis à sociedade.
Vou-me embora pra Belém
porque acredito que lá eu possa ser mais feliz,
a contemplar a nova orla e a ver o sol, no final de cada tarde, beijar a baía do Guajará.
Lá o coração palpita, a identidade humana se expressa quando nos deparamos com situações que dependem também de nós para chegarmos a uma solução.
É bem verdade que às vezes, lá, vivemos a insegurança, a incerteza.
Mas nada nos impede de comtemplar a riqueza de cultura nas rodas de carimbó, ou de nos fortalecermos com o energético da Amazônia: açaí.
Vou-me embora pra Belém
lá no mês de outubro, filhos de todas as partes do mundo vão saudar a Mãe da Humanidade: Virgem de Nazaré.
Vou-me embora pra Belém
lá muitos sonham com muitas fantasias, onde muitos prometem e muitos esperam que muito ainda seja feito.
Lá a era digital chegou, e mesmo assim, a boiuna, o saci, o curupira e a matinta-pereira são lembrados nos dias de apagão.
Vou-me embora pra Belém
lá estudei Manuel Bandeira a quem peço licença para prestar a minha homenagem a uma senhora Morena, que hoje colhe 402 primaveras. Parabéns, Belém! A quem tanto quero bem!