O SILÊNCIO DO LAGO

Sentado à beira do lago sobre a relva verdinha, debaixo da sombra de uma frondosa figueira, com os olhos fixos nas águas tranquilas e serenas que parecem correr pra lugar nenhum, entro em devaneios.

A brisa leve e suave vem beijar meu rosto num sopro ameno e refrescante trazendo o cheiro da terra e do mato.

Mais adiante, contemplo o vale salpicado de florzinhas amarelas repleto de borboletas de várias cores e tamanhos. O único som audível é o gorjeio dos pássaros que vem lá da mata do outro lado do lago e o zumbido das abelhas que misturadas as borboletas procuram o néctar.

Vez ou outra ouve-se o tibum! de um peixe que pula fora d'água e o cantarolar de uma cigarra ao longe prenunciando o verão forte e abrasador.

Folhas da enorme figueira vão desprendendo-se de seus galhos, caindo sobre a relva. abarrotando o chão num bailado excitante embaladas pela música do vento.

Agora, deito-me de costas, deixando o corpo bem relaxado e coloco um dos braços sobre os olhos fechados e fico degustando aquela paz infinita. Quanto silêncio! Quanta tranquilidade! Sou capaz de ficar assim horas e horas a fio.

De repente ouço a buzina de um carro. É minha esposa e meus filhos me trazendo de volta a realidade. Que pena!

Fidel
Enviado por Fidel em 05/10/2007
Reeditado em 13/10/2007
Código do texto: T681592
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