Sendo Desonestamente correto.(Lições sobre "EMBROMATION")

Existe o "politicamente correto", que é a forma de se apresentar seguindo uma forma pré determinada de não querer se indispor com ninguém, ou ainda, mesmo que alguém te conteste, você seguiu uma regra geral e a melhor coisa é que você terá sempre frases prontas, chavões em sua defesa. O politicamente correto não se compromete, não é desonesto, esta forma de pensar é usada com muita propriedade quando você não quer polemizar, ou até mesmo está colocando sua opinião em um assunto que você tem saída para qualquer questionamento.

O desonestamente correto é aquele que basicamente expõe uma estória, ou opina baseado em um fato que aconteceu, mas onde está a desonestidade?

Neste caso o desonesto, conta uma estória, quase verdadeira, para vender uma imagem positiva. Ele sempre tem uma justificativa que não inclui o seu erro. A parte equivocada é sempre do outro, e para caracterizar ainda mais esta teoria, nessa estória, o desonesto conta meias verdades, ou melhor fala da parte que interessa, desvia a atenção do que não deu certo, realça o que mais interessa ao ouvinte, ou a platéia, nesse caso é "jogar para a torcida", e tirar a importância do resultado. O desonestamente correto, em suma, fala apenas o que dos seus acertos e discretamente omite algumas informações. Esses possuem melhor do que ninguém a arte de enrolar , tirar o foco, geralmente se vestem de uma forma a disfarçar suas verdadeiras intenções. Eles tem a capacidade de esconder o que não interessa ser mostrado, conseguindo sair de uma apresentação como verdadeiros heróis, mesmo que façam de forma enganosa suas decisões.

A base do que age desonestamente correto é a omissão dos fatos.

Sabemos que eles existem, mas é difícil de pegá-los, eles tem a seu favor a falácea, a fluência fácil, o poder do convencimento, e possuem a arte de esconder parte da estória, ou trocando essa parte por outra que soam bem aos ouvidos da platéia. Possuem a capacidade de sair com uma "boa imagem", mesmo de forma desonesta.

Como diriam alguns "A mulher de César, não basta ser honesta, ela precisa parecer honesta...". Parecer honesto é o que os desonestamente corretos sabem fazer melhor.