Somos iguais e diferentes

Somos iguais e diferentes.

Desejos, arrependimentos, sonhos, anseios, frustrações, decepções, amores, experiências, incertezas, decisões, dores, realizações, esperas e procuras – detalhes da trajetória que traçamos. Somos tanto e nada. Vivemos tanto e tão pouco. Somos novos e velhos – já nascemos morrendo, e nisso reside a poesia da nossa vida.

Não consigo acompanhar meus pensamentos que transitam rapidamente. Idéias sem expressão escrita, rápidas como a velocidade da luz.

Saudades da inocência da minha infância, do desejo de mudar o mundo - da minha adolescência. Duro despertar descobrir que o ditado ‘querer é poder’ num discurso que não seja benevolente, nem sempre, ou quase nunca, se aplica... E quanto mais vivemos mais descobrimos pessoas boas (e más), amigos de fé, amores d’alma e umas espécimes que é melhor nem classificar.

Somos iguais e diferentes, e ainda assim fica sempre a incerteza de ter agido certo, de ter falado o necessário, de ter ponderado a vida. Pontuações e pontos de vista, mistérios e segredos desvendados, aprendizagem e partilha da amizade.

O que queremos e para onde vamos? O que somos e o que fazemos para melhorar?

Vãs palavras, vis acertos, erros legais.

Somos iguais e diferentes: na cor, na raça, no credo, na missão.

Pequenos como uma flor, imensos como o mar – dependendo de uma atitude apenas para nos classificar. Rosas, margaridas, mandacarus e favelas. Rios, riachos, lagoas e cachoeiras. Flor e mar. Água verde. Água azul. Calmaria e bonança. Tempestade.

Tanto a dizer, contudo nada além disto sai da caneta.

Repleta de pensamentos e vazia de palavras

Valéria Britto
Enviado por Valéria Britto em 18/12/2007
Reeditado em 22/12/2007
Código do texto: T782743
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