Apreciando a amizade!

Amizade! O que quer dizer esta palavra que pronunciamos com suavidade? Rima com liberdade, dispomos de nós mesmos e exercitamos o livre arbítrio de dizermos o que quisermos sem confundir com libertinagem, que já é outra coisa!

Ontem a minha mulher me disse que o ser humano é inteligente; mas às vezes, é necessário se dizer o óbvio. O ser humano não gosta de surpresas, nada mais óbvio, diziam-me sempre! A obviedade existe apenas para podermos descobrir mais tarde ,coisas ainda mais óbvias. Se estivesse escrevendo uma redação cujo tema fosse amizade, o avaliador não passaria desta linha. Fuga do tema, diria ele. Dane-se! Escrevo apenas com o coração e ele é o instrumento da amizade, o protetor que a mantém do lado em que Milton disse que ficaria. Naquela época as pessoas choravam ao cantá-la, hoje alguns dizem que é piegas, brega...Acordei cedo com alguém gritando em meu ouvido que as próximas 24 horas são as últimas 24 horas.

O ser humano é bobo, ele olha para o céu e começa a rodar até ficar tonto e cair. O ser humano é medroso, furta um carrinho de brinquedo e quando chega em casa o pinta com tinta guache com medo de ser descoberto. O ser humano é esperto, aproveita-se da sua condição de ‘cdf’ para plagiar a “obra de arte” do colega menos abastado de notas azuis. Somos, pela média mundial, 80 quilos de pura complexidade, não que uma pessoa de 100 quilos seja mais complexa e eu não possa nem ser inserido neste contexto. Não somos uma ilha, precisamos sempre de braços, abraços ou simplesmente de um ombro calado.

Deixemos de definir o ser humano apenas biologicamente, homo sapiens! Vamos botar pra fora, chutar o pau da barraca e rir disso depois, não vamos andar pisando em ovos, preservemos a liberdade da amizade, vamos nos dar o respeito, lancemos mão da palavra compreensão. Agora é para sempre e por mais que o trocadilho parece mais ou menos óbvio, para sempre é agora! Um brinde às pessoas óbvias.