Cuma min alembro desse galo! /Interagino cum a cumade Hull de La Fuente

Apenas um comentário qui deixei na sala de Hull de La Fuente no trabái do Galo véi.

CUMA ALEMBRO DESSE GALO!

Min alembro desse galo

Quando morava na capitá

Nun quiria mais eu falo

Desse penaxo militá

Nos tempo das ditadura

Suas espora era dura

E só vevia a martratá.

Quando o galo dava as orde

O pulêro todos cumpria

Foi um tempo de disorde

E ninguém tinha aligria

O galo véi de espóra

Daqui da terra foi imbóra

Já foi tarde Vigi Maria!

Nun gosto nem de alembrá

Quantas vêiz eu já currí

Eu era de menó na capitá

E de noite num pudia saí

Foi um tempão de frescura

No pulêro da ditadura

Qui feiz esse galo aí.

Ele era um galo de terno

Crista grande, xêi de motreta

Deve de ta no inferno

Seno cumida dos capeta

Pois galo véi sabe cuma é

Só no taxo de lucifé

É qui sua canja fica porreta.

Muitia coisa da pra falá

Desse galo aí nojento

Foi um grande torturadô

Nas época do puliciamento

A sua linha era dura

Num tinha doce a rapadura

E cuma marcô o seu tampo!

E esse galo véi de agóra??????

Aí é qui eu fico a pensá

Num farta um mêis pra ir simbóra

Cuma tanto dexô afroxá

Se o outro era linha dura

Esse aí nas sua frescura

Fabricô ladrão pra daná.

No tempo do galo ditadô

Coitado do MST!

Já tava guentano suas dô

E pidino pra nun morrê

Agora, cum aquele galo de rinha

Bandido naquele tempo nun tinha

Nun izestia um pra gente vê.

Ruim cuma era mais da inté sôdade

Daquele galo véio no pulêro

Pro cauza qui na cidade

Os ladrão roba o meu diêro

Se aquele galo um dia vortá

Axo qui mandava matá

Uns maus pulitiquêros.

A cumade Hull de La Fuente, tomém vêi falá sobre aquele tempo, qui tempo!

A ditatura era dura

Cuns cumunista i ladrão

Mais a vida era sigura

Em quarqué ocasião.

Muié andava suzinha

Mermu aquelas bunitinha

Num sufria ataqui não.

Hoji é só mardadi pura

Inté drentu di sua casa

O bandidu linha dura

A tua famia arrasa

Os tais Direitu umanu

Us bandidu acubertanu

Os onestu ardi nas brasa.

Eu tenhu é mermu vontadi

Di virá um passarim

Pois o Brasi di verdadi

Já num é o nosso nim.

Eli acoberta us ladrão

I toda corrupção

Inquanto nóis chega ao fim.

Meu cumpadi, amei seu cordé saudoso, não da ditadura, mas do agir da lei contra gente safada. Um abraço pra vosmicê. Hull

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 17/12/2010
Reeditado em 17/12/2010
Código do texto: T2677218
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