VONTADES E SAUDADES DE VOCÊ
(Sócrates Di Lima)


Por traz da frieza da noite silenciosa,
O dia amanhece cinzento,
E lá fora tudo parece lento,
Aqui dentro o tom é de uma manhã chuvosa.

Há sob o edredon o calor em forno,
Do corpo que sobrviveu,
Mas nesta manhã o retorno,
Da saudade do dengo seu.

As flores agora estão orvalhadas,
Pela noite que fez as vontades arrepiadas,
Mas, ainda elas estão belas e bem humoradas,
Para embelezar meu dia e minhas palavras geladas.

E como um turbilhão de neve fria,
A saudade acordou arredia,
Mas o lugar dela é aqui na minha poesia,
Porque ela  me toma e me arrepia.

Abro a janela dos olhos sem olheira,
Abro as portas da minha alegria,
Deixo pássaros se achegarem na minha soleira,
Para ver-me sorrir em poesia.

E quando ao meu coração, bateu desassossegado,
Por sentir o toque frio do meu próprio inverno,
Meu cérebro se recolheu e se fez absurdado,
Com o que os olhos viram e o coração chegou ao inferno.

Mas o calor lá não é maior,
Do que este que ainda tenho aqui,
E poderá ser pior,
Na sua forma, pelo que eu senti.

É, foi o frio da madrugada que me pegou,
Que em devaneios minha saudade congelou,
Mas, bastou um pouco do calor que me cercou,
Para querer mandar o frio embora, porém, a saudade ficou.

Oh! Meu Deus, quanto tempo ainda terei que suportar,
Esse desassossego em forma de emoção,
Ou será que o frio de agora vai congelar!
As vontades sagradas do meu coração.

Mas, ao divagar na minha em emoção,
Reencontrei-me e eu nem sei porque,
Entreguei-me a tudo do meu amor paixão,
Entreguei-me ás vontades e saudades de você...

...Basilissa.




 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 11/06/2011
Reeditado em 26/06/2011
Código do texto: T3027609
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