Eu sou o “Frank Simata”.

Atravesso a rua olhando os carros.

Passo pelas pontes...

Estou louco para me jogar.

É só um passo para logo descansar.

Foda-se se vou para o que chamam de inferno,

Pois já me encontro nele.

É o outro lado da ponte que me chama mais alto.

É o movimento oblíquo é o que me trama.

É o meu drama de dias infelizes.

É um passa para sei lá, mas é um passo.

Pelo menos, darei um passo à frente.

Eu sou o “Frank Simata”.

Estou com a faca e o queijo na mão.

Eu sou o rato do bueiro. O sujo sujeito.

Eu sou a tal da lentidão.

Dá um passo, um dois, ladrão.

Se entrega à multidão movida pela depressão.

Desmorona a suavidade da cavidade de corpos destruídos.

Desiludido, o mundo já é.

Eu sou a ilusão.

Eu sou o ilusionista.

Renascimento? Eu podia até pensar...

Mas algo, lá embaixo, há de me chamar.

Se vá. Se vá, otário.

Mais um perdido entre o espaço em que o meio compasso decorre.

Renato F Marques
Enviado por Renato F Marques em 25/06/2011
Código do texto: T3056100
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