As luzes do palco iluminam a platéia
Uma cortina grená pesada oculta
Os atores que por sensações oscilantes
Aguardam com temeridade seu desempenho
A peça faz ressurgir antigos personagens

Ressuscitados e atuantes em novos corpos
Que se abraçam e se enlaçam brotando
Vivências de velhas Almas em suas viagens
Que atendem ao chamado em clamor
Para um resgate de registros na História

Os atores entram em cena, mestres na arte
Narrando guerras santas, políticas, mortes
Amores plenos ou desfeitos, ressarcidos
E os laços espirituais da criação se acentuam
A ancestralidade toma forma em corpos

Em cada sonoridade de voz, a sutil energia
Renova-se, se abastece e mantém a platéia
Extasiada, aturdida, em um passado presente
O imaginário se desfaz, a cortina se fecha
Os atores despedem-se, individualmente

Os expectadores emudecem em lamento
O Portal se abre, adentram de mãos dadas
Os heróis da História que foram esquecidos
Descansam as Almas que verdades narraram
Em busca da Paz pela humanidade perdida.

verita
Enviado por verita em 15/01/2012
Código do texto: T3441404
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