"Diálogo"... entre três colegas de profissão

Nordestinos, estão veiculando na rede social, que nossa intenção é São Paulo, para melhorar de vida, que só uma bomba para nossa destruição, nos culpam por eleger Dilma.Esquecem a característica que deveria ser alusiva ao ser humano, de saber respeitar a opinião, a determinação da maioria. De fato não temos representantes merecedores dos nossos créditos, portanto, nem Dilma, nem Aécio, ou outro candidato pode de fato nos representar,pois, diante de tudo que já estudei referente ao jogo de poder, o crítico dos mecanismos de reprodução das desigualdades sociais, Bourdieu, construiu um importante referencial no campo das ciências humanas, o que para mim representa que ter capital em detrimento de outros, é apenas um jogo, onde marionetes são manipulados, mas, ainda assim, não é justo que se queira perseguir quem decidiu por Dilma ou por Aécio.E se Dilma foi eleita, que cada um cumpra o seu papel cidadão ou cidadã, busque conhecer as reais propostas, analisar e transformar cada ação em um ponto de debate e mudança caso não concorde com a postura do PT após eleição. A cobrança deve ser para quem querendo ou não , hoje continua nos representando.O que devemos fazer é a denúncia dos mecanismos de dominação em uma sociedade injusta.

Extremamente desigual. O papel social de cada um, é buscar compreender como as formações sociais capitalistas conseguem manter os grupos sociais e os indivíduos hierarquizados, pois é necessário compreender essa estrutura social , perceber que é um sistema hierarquizado de poder e privilégio, determinado tanto pelas relações materiais e/ou econômicas (salário, renda) como pelas relações simbólicas (status) e/ou culturais (escolarização) entre os indivíduos. Segundo esse ponto de vista, a diferente localização dos grupos nessa estrutura social deriva da desigual distribuição de recursos e poderes de cada um de nós. Por recursos ou poderes, Bourdieu entende mais especificamente o capital econômico (renda, salários, imóveis), o capital cultural (saberes e conhecimentos reconhecidos por diplomas e títulos), o capital social (relações sociais que podem ser revertidas em capital, relações que podem ser capitalizadas) e por fim, mas não por ordem de importância, o capital simbólico (o que vulgarmente chamamos prestígio e/ou honra). Assim, a posição de privilégio ou não-privilégio ocupada por um grupo ou indivíduo é definida de acordo com o volume e a composição de um ou mais capitais adquiridos e ou incorporados ao longo de suas trajetórias sociais. O conjunto desses capitais seria compreendido a partir de um sistema de disposições de cultura (nas suas dimensões material, simbólica e cultural, entre outras), denominado por ele habitus.

Ooooohhh!!! Dá prá descer daí fessora? Vamos ser reais! "Que opinião da maioria"? A senhora acha que a grande maioria dos nordestinos que votaram no PT tem alguma opinião formada e que votaram por convicções políticas ou ideológicas?!!!...

PROFESSOR ..., DEPENDE DE QUAL CONVICÇÃO POLÍTICA E IDEOLÓGICA ,TEMOS A MANIA DE JULGAR E CONDENAR.

COMO PODEMOS MENSURAR A CONVICÇÃO DE ALGUÉM SE NÃO OFERECEMOS A ESTA PESSOA INFORMAÇÕES? CREIO QUE É HORA DE TODOS QUE POSSUEM TAIS CONVICÇÕES, APRESENTAREM EM UM SEMINÁRIO ABERTO , DE FORMA QUE VÁRIOS FUNDAMENTOS SEJAM REFLETIDOS. TALVEZ ALGUÉM VÁ AFIRMAR QUE A POPULAÇÃO EM SUA MAIORIA NÃO TEM DOMÍNIO DA LEITURA ,MAS UM SER LETRADO, PELA DOR DE VIVER NUMA SOCIEDADE COMO A NOSSA,EM SEU SENTIDO AMPLO, NÃO NECESSARIAMENTE PRECISA SABER LER E ESCREVER PARA ENTENDER A PRÓPRIA DOR. HORA DE ENSINAR TAMBÉM A LEITURA , TODOS PRECISAM APRENDER.ALÉM DE BUSCAR COMPREENDER COLEGA, O QUE ESTUDAMOS NO MEIO ACADÊMICO E ESQUECEMOS POR CONVENIÊNCIA: Bourdieu afirma que as práticas culturais são determinadas, em grande parte, pelas trajetórias educativas e socializadoras dos agentes. Dito com outras palavras, Bourdieu afirma, causando um grande mal-estar , que o gosto cultural é produto e fruto de um processo educativo, ambientado na família e na escola e não fruto de uma sensibilidade inata dos agentes sociais.Assim, precisa se questionar onde e com quem aprenderam suas escolhas.

Caro ... , acho sua fala cheia de preconceito e desconhecimento de causa. Baseado em que estudo você diz que os eleitores nordestinos que votaram na Dilma não possuem ideologia e nem convicções políticas? Me admira muito que um "professor", que deveria ser alguém que contribuísse para a formação de uma sociedade mais tolerante e civilizada, endosse discursos preconceituosos e discriminatórios. Além disso, sua forma de se referir a autora do texto revela certa agressividade e indelicadeza desnecessárias ao embate saudável de ideias. Sugiro que pesquise mais a respeito dos significados de "convicção" e "ideologia". Além disso, um pouco de respeito e tolerância também lhe cairia bem.

Pode ser ou não um diálogo real, mas tão presente no momento histórico do país, que aqui está, para que possamos analisar as posturas da humanidade.

Professora 01 / Professor / Professora 02
Enviado por Leah Ribeiro Pinheiro em 01/11/2014
Reeditado em 08/10/2023
Código do texto: T5019242
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