Alvoroços na alma

Nessa altura da jornada

Tráfego com a psique não ancorada

Em coisas tacanhas, pequenas e desordenadas

Que se esvaem com a efemeridade dos ventos

Alentos?

Estão por ai!

Se estiver atento

Tudo, tudo vai fluir ...

Eu?

Eu quero é assentar no riacho

E fluir como as águas e como os cachos

Me embevecer dos céus e das auroras

E me abrigar, onde os pássaros cantam

Ah! Vida que pulsa a todo instante

E nos devolve, a cada lance, belezas

Tudo só depende para onde debruças o teu olhar

Para o que te apetece, ou, ao que fere, o teu paladar?

Sobre o curso do tempo

Nesse momento, despertei a cultura do sentir

Silencio, e logo ouço, e sinto, o infinito ...

Almejo é o calor sincero

Sorrisos singelos

Olhares de emoção

Bordar a existência com esse tipo de ilustração

E com tamanha nobreza, fazer, alvoroços na alma ...

Marcão Cruz
Enviado por Marcão Cruz em 31/10/2017
Reeditado em 28/01/2022
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