Nós só queremos ser felizes

Incrível como que o mundo, esse momento que estamos vivendo, muda tão constantemente.

Há algum tempo um Tsunami devastou a costa da Indonésia, o ano passado um maremoto destruiu cidades do Japão e sua reconstrução, graças aos meios tecnológicos. As catástrofes naturais sempre me apregoaram medo, sempre, mas como a natureza é sábia, como vamos questionar?

Outro dia fiquei pasma. Estava eu assistindo ao jornal e no meio o meu pai começou a falar, ao mesmo tempo, de um outro assunto importante. Eu, de olho na TV, vi, mas não ouvi direito,depois fui pesquisar, sobre os óculos de realidade aumentada. Uma mágica. Pense num engenheiro de obras que, precisando consultar dados no seu PC, ou até mesmo ver itens da planta, não precisa ir ao escritório para isso. Basta acessar através dos óculos, que roda com windows 7. É brincadeira?

Uns dias antes, eu também assisti a um noticiário sobre o que a tecnologia está fazendo de benéfico aos portadores de necessidades especiais, pós- acidente.

Na semana que se seguiu à reportagem dos óculos, assisti sobre o teste do carro que voa e roda, movido a gasolina!

Não aguentei aquela enxurrada de informações de coisas tão reais, da qual estou vivendo, e indaguei meu pai, sobre o que nós poderíamos esperar do futuro: cadeira de rodas que se desmonta com apenas um clique e coloca o usuário numa posição vertical; dos óculos de realidade aumentada; o carro que ao mesmo tempo em que está numa rodovia, pode levantar voo em pleno congestionamento. O que mais nos espera?

Pensei. Pensei... Fiquei triste diante de um vazio sem resposta, porque essa evolução do século XXI ainda corre paralelamente com a violência, fazendo de todos nós, prisioneiros em nosso País: o abuso e agressão às crianças; ao idoso; ao canibalismo de Pernambuco; as cracolandias itinerárias das grandes cidades brasileiras.

Para onde foram os nossos sonhos?

SÔNIA SYLVA
Enviado por SÔNIA SYLVA em 23/04/2012
Reeditado em 23/04/2012
Código do texto: T3629754