O PODER DE UMA VÍRGULA
O PODER DE UMA VIRGULA
Ayres Koerig
Quando mais jovem fui coordenador da Equipe de Liturgia da Igreja Matriz NOSSA SENHORA MÃE DOS HOMENS (centro) daqui de Araranguá e sempre um dia antes das celebrações reuníamo-nos para acertar postura e alguma falha que por acaso houvesse. Era explicado aos leitores o dever de obediência à pontuação para não dar outro significado ao que seria lido. Então escrevia no quadro-negro frases sem a devida pontuação para mostrar que algumas delas mudavam o sentido da frase se não fosse feita a alteração da voz. Exemplo: Um estancieiro possuía um terneiro e a mãe do estancieiro era também o pai do terneiro. Mostrávamos que com a devida pontuação ficaria assim: Um estancieiro possuía um terneiro e a mãe. Do estancieiro, era também o pai do terneiro.
Outra seria: Carregar uma pedra daqui a Europa uma andorinha não faz verão (não tem sentido)! E agora: Carregar uma pedra daqui a Europa, uma andorinha não faz: verão!
Um rei querendo mandar seu filho à guerra foi consultar uma vidente famosa que respondeu: IRÁ, VENCERÁ, NUNCA MORRERÁ!
O Jovem foi e morreu!
Ia ser condenada à morte, mas no tribunal defendeu-se dizendo que havia dito: IRÁ, VENCERÁ NUNCA, MORRERÁ!