Bette Davis em All about Eve - A Malvada

A malvada.

 
         Sempre tive vontade de ver esse filme. Comprei na banca de revistas, faz parte da Abril Coleções – Cinemateca Veja. Me dei bem. Bem mal, é claro. Não o vi logo que comprei,  portanto não descobri que estava estragado a tempo de trocar por outro. Agora se quiser recuperar um exemplar sem defeito vou ter que escrever uma carta para a Editora ou fazer uma visitinha ao Procon. O que certamente não vou fazer. Não vale a pena gastar tanta energia. 

         Não foi fácil assistir. Vi o começo e o fim, pulando grande parte do meio, mas vi. Fascinada pela interpretação das duas protagonistas: Bette Davis (Margo Channing) e Anne Baxter. (Eve Harrington). All about Eve é o nome original. Não teria o mesmo impacto se traduzido literalmente. Margo é uma estrela e Eve quer ser. Só que Eve é uma psicopata. Bem, no filme não se discute isso. Ela apenas é malvada e pronto. 
 

          Um clássico, é consenso geral. Recebeu quatorze indicações para o Oscar. Em 1950. Ganhou seis, incluindo o de Melhor Filme. Produzido por Darryl F. Zanuck foi dirigido por Joseph L. Mankiewics que também escreveu o roteiro. Recebeu o Oscar pelos dois, roteiro e direção. Seus roteiros são de primeira linha, dizem. (Preciso ver outros filmes dele).   As duas atrizes principais também foram indicadas e é inconcebível que não tenham vencido. Ou uma,  ou outra, talvez por isso mesmo: como escolher? Ambas estão perfeitas em seus papeis– Margo, a atriz consagrada,  mas já atingindo uma idade onde os papeis de protagonista vão escasseando ou até sumindo completamente; Eve, uma fã de teatro disposta a tudo para conseguir ser como Margo. Ou mais. Bem, ela vai conseguir. É a lei da vida. O círculo. No caso, também o circo que é o mundo dos bastidores do teatro norteamericano onde imperavam a ambição e a rivalidade. 

        O filme apresenta as principais características  do diretor: roteiro inteligente  e uso de flashbacks para contar a História. Li isso em algum lugar e constatei. 

         Marilyn Monroe faz uma pontinha, mas eu não vi. Sua aparição está na parte bichada do DVD.Foi o seu sexto filme. 

          De qualquer forma, valeu. Mesmo estando incompleto o filme é daqueles que provocam sensações estranhas em quem o assiste: sensações que vão do encantamento a vontade de socar alguém. Um dia eu ainda o verei do começo ao fim, sem espaços vazios.