MINHAS IMPRESSÕES ACERCA DO FILME CUJO TÍTULO É: COM MÉRITO
 
COM MÉRITO é a história de quatro jovens que estudam em Harvard e dividem uma casa. Um deles, Monty Kessler se vê nas mãos de um mendigo: é que a única cópia da sua tese final, por capricho do destino, vai parar nas mãos de Simon Wilder (o mendigo).
 
Monty é um rapaz orgulhoso, egocentrista que sabe tudo sobre a sua graduação, mas quase nada sobre seres humanos. A ele interessa apenas e tão-somente terminar a sua tese. Aqueles papéis são a sua vida. 
 
No primeiro encontro entre o brilhante aluno e o desafortunado, o que mais o irrita é a forma como o rapaz que representa a elite o vê: alguém sem importância.
 
É incrível como julgamos facilmente movidos pelas aparências. Se alguém está bem vestido, deduzimos que é confiável, vencedor etc. Se deparamos com um mendigo não conseguimos enxergar nele alguém com uma história de vida – são anônimos que em nada nos interessa e que nada terão a nos ensinar.
 
Simon provou que por trás do verniz - o jovem egocêntrico - pode existir um ser humano de verdade, com um coração que pulsa e olhos que sejam capazes de enxergar além da embalagem.
 
Simon provou que as aparências enganam. O mendigo era apenas uma vítima da sociedade cruel. Trabalhou por 20 anos em uma empresa e o contato permanente com o amianto afetou os seus pulmões. Foi demitido. Doente e sem recursos só lhe restou o abandono do governo, da sociedade. Era, contudo, um ser humano que podia ensinar para as pessoas superficiais que a vida era mais que roupas e sapatos. A vida era mais que uma tese em Harvard.
 
A beleza do filme está na forma como é tecida a amizade entre os jovens estudiosos e ricos e o pobre e doente mendigo. É esse desafortunado que dará as melhores lições de vida aos jovens.
 
Monty aprende, afinal, que mais importante que a sua tese é enxergar o mundo à sua volta. É se preocupar com o outro. É viver plenamente. Aprende a perdoar o seu pai por meio desse pai que também abandonou a família para servir à marinha.