Filmes de mistérios e crimes  perfeitos,sempre foram favoritos nas telonas.Grandes diretores,como Hitchcock ganharam a fama e a notoriedade em cima deles.
Existe, na literatura de mistério,personagens nunca esquecidos,criaturas que sobreviveram aos seus criadores e, que,só por causa dessas criações,são lembrados.Como Sherlock Holmes,que conquistou mais fama que seu autor,o escritor inglês,Conan Doyle.
Os leitores de Sherlock,são aficionados e devotos e crêem que seu personagem existiu realmente e sobre ele escrevem ensaios,biografias,estudos,embora não sejam tão barulhentos como os fãs do Homem-Aranha,por exemplo.
Por ser mais cerebral Sherlock atrai fanáticos mais cerebrais,também;seu nome passou a ser sinônimo de detetive.
Pois, agora, nos  cinemas ,Sherlock e seu fiel amigo,Dr. Watson estão de volta.
“Elementar, meu caro Watson”;quantas dezenas de filmes,alguns clássicos,já foram feitos sobre essa dupla imbatível da literatura policial?
Sherlock usava os miolos “brains” para resolver crimes insolúveis e,talvez tenha sido o precursor da “inteligência” na polícia.Dedução,era o seu forte.Procure a quem o crime interessa,dizia o detetive Poirot,outro ícone da área,criação da imortal Agatha Christie.
Aficionada por essa literatura,fui correndo ver mais esta fita sobre Sherlock.
Encontrei um filme muito bem feito pelo ex de Madonna,Guy Ritchie,porém,feito de uma forma diferente dos já existentes,em que mistura magia negra,nobres sem ética nem estética e um detetive sem a sua popular boina xadrez e a capa antológica ,nem o famoso cachimbo curvo.Nem saca da lupa a todo momento.Muito distante dos sherlocks de Basil Rathbone e Nigel Bruce,atores que hoje, só são lembrados pelos muito idosos ou aficionados do cinema.
O diretor quis apresentar um Sherlock mais humano,com boa dose de pernosticismo,arrogância e egoísmo,além de uma quedinha pelo álcool e pelo ópio.Explora o uso que faz das pessoas e a sem cerimônia que entra nas suas vidas,a começar pela do seu melhor amigo.
A escolha do protagonista foi excelente. Robert Downey Jr. é um Sherlock que convence. Jude Law,também  está perfeito como o Dr. Watson,um sujeito pronto para  se casar com a sua escolhida e sempre atrapalhado pelo egoísmo de Sherlock, a quem brinda com o seu senso prático que contrapõe à imaginação do detetive.
Na visão de Ritchie, Sherlock pensa que é deus,mas, na verdade,nada seria sem Watson,elevado a principal coadjuvante e saído da humilhante posição de rebanho.
Ritchie que conseguiu sobreviver ao divórcio de Madonna,e,principalmente ao seu casamento com ela,portanto um sujeito corajoso e disposto a assumir riscos,deitou e rolou sobre a suja Londres vitoriana.E saiu limpo,da aventura.
Na ótica dele,Sherlock soltou seus demônios e,em lugar de revelar sua assexualidade,revelou,sim,sua tendência a escolher parceiras nada politicamente corretas,como a golpista  Irene(Rachel McAdams).
Embora preferindo os antigos sherlocks, gostei do filme que recomendo a quem quiser umas boas duas horas e meia de boa diversão.
 
 
Miriam de Sales Oliveira
Enviado por Miriam de Sales Oliveira em 19/01/2010
Código do texto: T2038318
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