O AMOR NÃO TIRA FÉRIAS

Bom título. Apesar, que, muitas vezes, por causa do amor tiramos férias de coisas que gostamos. Andei assim: meio sem vontade de tudo.

Mas ontem, neste friozinho de maio aqui de sampa, resolvi rever este filme.

Na verdade, me joguei no sofá e pedi com uma voz de vítima (isso por que ando me sentindo assim, vez ou outra): filhote escolhe um filme pra eu ver.

Ele fez aquela cara de quem sabe que nossos gostos são totalmente opostos e disse:

- Escolhe aí mãe. Já sugerindo o que ele acha melhor dos filmes que eu sempre revejo.

Quando ouvi “O Amor não Tira Férias” ascendeu uma luzinha no fim do túnel: Esse, esse! - festejei.

Vamos assistir juntos? – arrisquei.

Não. Não gosto dos filmes de Nancy Meyers. Ela só escreve filmes para mulheres.

Hummm!

Vou prestar atenção neste fato.

Bem, me acomodei e apertei o play.

O filme começa com a narrativa da atriz Kate Winslet, na voz suave de Sylvia Salustti, falando sobre a vida amorosa de sua personagem Íris Simpkins.

Íris mora em um Chalé no interior da Inglaterra, escreve uma coluna sobre casamentos e é apaixonada por Jasper (Rufus Sewell), um safado.

Em outra cena estamos em Los Angeles, onde mora a rica Amanda (Cameron Dias), dona de uma agência de publicidade especializada em trailers de filmes. E também esta desconsolada com o amor.

Ambas decidem fazer uma mudança radical em suas vidas e sumir por uns dias. Entram na internet e acabam se encontrando em um site de planejamento de férias.

Trocam de casas, por duas semanas, com a intenção de chorar e esquecer seus amores. O óbvio - que nós sabemos mas as personagens não -, é que elas irão se envolver com as pessoas que cercam a vida uma da outra.

Iris conhece o compositor de trilhas sonoras, Miles, interpretado por Jack Black, e que trabalha com o ex-namorado da dona de sua nova casa. E Amanda conhece o atraente Graham (Jude Law), o irmão de Iris. E assim, o filme passa a intercalar cenas divertidas dos casais, dando graça a comédia romântica.

Nesse ponto entendo a visão do meu filhote – quiçá da maioria dos homens. Mas o que achei interessante foi a inversão de alguns papéis pré-estabelecidos – por nós é claro -, e que em “O Amor não Tira Férias” pode ser visto, por um espectador mais atento, em dois diálogos que tive a cara-de-pau de transcrever neste post.

O primeiro envolve Íris, a mocinha apaixonada e cega de amor que acha que encontrou o melhor homem do mundo, e Miles o homem sensível que também se engana.

Vamos a eles!

Miles:

- Por quê sempre sinto atração por uma pessoa que sei que não é boa?

Íris:

- Eu sei a resposta. Porque espera estar errado. E sempre que ela mostra que não é boa, você ignora. E sempre que ela age como você gosta, ela te surpreende e te reconquista e você esquece os motivos que tinha de que ela não era pra você.

Miles:

- E tem sempre aquele chavão para nos martelar de que ele não acredita "Como uma garota assim se interessou por um cara como eu?"

Você já se viu fazendo essa confidência para alguma amiga?

Nem mesmo no msn?

Outro diálogo:

Agora é a vez do casal Amanda e Graham. Depois de uma noite de amores, Amanda discute a relação. Fala, em um tom de quem quer confirmação, que foi só "um caso de férias" sem conseqüências. Que são maduros e que estavam cientes disso.

Ressalta as dificuldades de um namoro à distância, via fone ou internet, e as brigas por ciúmes e insegurança que, com certeza, acabará com o relacionamento.

Graham, depois de ouvir, na voz dela, o dicurso que sempre fez às mulheres, despeja toda sua emoção ofendida.

Ele: - Eu me apaixonei por você. Por mais problemático que seja, o fato é que me apaixonei por você. E eu não estou me sentindo péssimo por que é bom se sentir assim. Ou era...

Não consigo entender o que aconteceu, só sei que eu amo você. Não paro de repetir isso. Nunca pensei que isso fosse acontecer de novo. É um fenômeno.

Sei que eu venho com muita bagagem. Três pelo preço de um, Talvez a minha bagagem quando vista de perto não seja tão maravilhosa. Mas finalmente eu sei o que quero. E isso é um milagre.

E o que eu quero é você.

Ai que fofo, né genteeee?

Será que meu filho tem razão? O que você acha?

Se você ainda não assistiu vale à pena ir na locadora mais próxima e pedir esse filme. Nem que seja para discordar.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Nancy Meyers

Elenco: Cameron Diaz, Kate Winslet, Jude Law, Jack Black, Eli Wallach, Rufus Sewell, Edward Burns, Shannyn Sossamon.

Produção: Bruce A. Block, Nancy Meyers

Roteiro: Nancy Meyers

Fotografia: Dean Cundey

Trilha Sonora: Hans Zimmer

Duração: 136 min.

Ano: 2006

País: EUA

Gênero: Comédia Romântica

Cor: Colorido

Distribuidora: Não definida

Estúdio: Columbia Pictures Corporation / Relativity Media / Universal Pictures

Etelvina de Oliveira
Enviado por Etelvina de Oliveira em 29/05/2010
Código do texto: T2286868
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