O filme " La mala educación", escrito e dirigido por Pedro Almodóvar de 105 minutos, é uma brilhante crítica a toda uma sociedade espanhola que coloca debaixo do tapete as questões de gênero, tais como: travestimo, homossexualidade, pedofilia, etc. Os atores Gael García Bernal, Fele Martínez e Daniel Giménez Cacho, protagonistas principais, e, Lluis Homar e Francisco Boira, interpretam muito bem o drama do ser humano que vive uma condição sexual cheia de conflitos. Quando criança, Ignácio (Gael García Bernal) estudou em um colégio interno católico. Lá ele sofreu abusos sexuais por parte de seu professor de literatura, o padre Manolo (Daniel Giménez Cacho), que marcaram sua vida para sempre. Ignácio se apaixona por um colega do colégio, Enrique (Fele Martínez), que termina sendo expulso. Vinte anos mais tarde, os três personagens se reencontram. Este reencontro marcará não só a vida, mas também a morte de alguns deles. É um filme que vale a pena assistir e se colocar nos lugar dos envolvidos. Quantos dramas de consciência e de rejeição não pairam? Há inúmeras questões polêmicas por detrás de todas as cenas que expressam a angústia humana diante de tantas situações "impostas" em determinado momento. Por outro lado, todos os personagens envolvidos também têm a liberdade de decisão em cada momento de suas vidas. O ser humano é sempre um ser que busca a felicidade entre o "dado recebido" e o chamado a crescer, a ser protagonista de sua vida: eis o drama da vida - crescer e ser e ser responsável por suas atitudes perante os outros, realizando-se no cotidiano. Há muitas cenas e situações que poderiam ser analisadas levando em conta várias dimensões da pessoa.
Recomendo, apóio e insisto que este filme seja assistido, refletido, discutido e confrontado com a vida de quem vê.