A JOVEM RAINHA VITORIA
Quando se fala em filmes ingleses de época já se imagina riqueza de detalhes, parte técnica caprichada, direção, cenários e figurinos primorosos. Depois é só conferir a interpretação deste ou daquele provável candidato ao Oscar. Neles, a suntuosidade das imagens minimiza as mazelas da realeza ali retratada. No caso da A Jovem Rainha Vitória isso é mais sutil. Trata-se de uma linda história de amor sob os bastidores da corte britânica, que sob a direção de Jean-Marc Vallée fica mais emocionante.
Vitória, interpretada por Emily Blunt, é uma jovem de 18 anos que sempre foi super protegida pela mãe e isolada do convívio da corte do seu tio, rei William IV (Jim Broadbent) desde a morte de seu pai. O que aparentemente seria um cuidado benévolo esconde o interesse maior de que Vitória assine a regência, o que permitirá a mãe e a seu companheiro, John Conroy (Mark Strong) de governar a Inglaterra até que ela complete 25 anos. Só que a futura rainha, que está prestes a atingir a maioridade, resiste em ceder aos apelos da mãe e de seu tutor.
Ciente dos interesses dos casal em prejudicar o futuro do reino da Inglaterra, o rei da Espanha envia Albert (Rupert Friend) para conquistar Vitória e assim unir os dois países. Por outro lado, seu tio William já incubiu o lorde Melbourne (Paul Bettany) do mesmo propósito. É a partir deste triângulo amoroso que o lado romântico do filme ganha mais força que o tradicional informativo inglês sobre sua monarquia.
Afinal, é um romance cheio de encontros e desencontros e muitos enfrentamentos.
Enfim, vida real.
Bom filme!