AS AVENTURAS DE AGAMENON, O REPÓRTER

Uma comédia nacional, narrada por Fernanda Montenegro (somente por áudio), da história de Agamenon Mendes Pedreira, que teria sido um jornalista brasileiro, que sobreviveu ao Titanic, e foi correspondente no exterior de vários jornais de nosso país.

O filme faz uma retrospectiva de sua trajetória de repórter , em que ele teria entrevistado grandes vultos como Albert Einstein, Sigmund Freud, Churchil, Ghandi, Osama Bin Laden,etc. Teria viajado pelo mundo de navio na época da segunda guerra mundial, disfarçado de soldado, sido amante de Eva Braun, amante de Hitler. Que teria coberto com sua reportagem a “invasão da Normandia”, mas que na verdade,tratava-se de sacanagem com uma secretária.

A história, portanto, é uma sátira aos acontecimentos que nortearam sua profissão ao longo de muitos anos, recheada de cenas que lembram pornochanchadas e comédias apimentadas predominantes na segunda metade do século vinte, mostrando aventuras extra-conjugais, tanto suas, como de sua mulher, Isaura, que o filme coloca como sua patroa.

O filme chega a ser criativo, quando coloca a morte de Getúlio como sendo executada por ele, o Agamenon, quando o pega na cama, com sua mulher. Um desfecho muito parecido com a vida real, com carta-testamento e tiro.

Sua residência é seu próprio carro, que tem até interfone, onde houve um entra e sai de várias pessoas.

Alguns nomes de artistas brasileiros, como Jô Soares, Caetano Veloso e Zeca Pagodinho são entrevistados falando sobre Agamenon. Pedro Bial tem uma participação durante o filme, inclusive no início, tenta uma entrevista com Agamenon, mas ao se aproximar, o expectador tem a impressão de que Pedro vai bater no vidro, mas em vez disso, aperta uma campanhia.

Uma das cenas finais do filme mostra Agamenon sendo assassinado por um pistoleiro, mas é apenas um jogo de cena, para todos pensarem que o nosso protagonista tinha morrido, mas o que vem à tona depois é o repórter mandando o capanga forjar sua morte e enterro, colocando em seu caixão, muitos pacotes de drogas, para que este assim que terminasse o enterro, pegasse esses pacotes. O bandido acaba aceitando, mas o que se vê depois é que no cemitério abrem seu caixão e os papelotes de drogas são distribuídos ali mesmo entre as pessoas presentes, e totalmente queimadas.

O pistoleiro aparece numa cena distribuindo suas armas e falando como se fosse mudar de vida.

O filme mostra em seu final, Agamenon e sua mulher, viajando pelo Brasil.

Enfim, o filme tem cenas que lembram o cinema-mudo, músicas de época, mas de um modo geral, é bem vulgar.

Pedro Emanuel Lucio

15.01.2012

PEDRO EMANUEL LUCIO
Enviado por PEDRO EMANUEL LUCIO em 15/01/2012
Reeditado em 15/01/2012
Código do texto: T3441549
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