À Beira do Abismo (Análise e Crítica)

A sinopse deste filme tem uma premissa interessante: homem condenado a 25 anos por roubo de um diamante consegue fugir da prisão com o intuito de provar sua inocência. Para chamar a atenção de todos, inclusive da polícia e da mídia, hospeda-se no andar mais alto de um hotel, e lá finge ser um suicida. Enquanto isso, seu irmão e sua cunhada arrombam a empresa do dono do diamente, para provar que a joia continua com ele e que tudo não passou de um plano para evitar que o magnata fosse à falência.

Para por aí. Depois disso, o que realmente faz justiça ao nome do filme são o roteiro e as péssimas atuações. A trama até que começa bem apresentada, mas logo a seguir desanda, e a ação tão prometida dá lugar a um blá-blá-blá chato, confuso e desinteressante. Quanto às personagens, elas são vazias e inexpressivas. O personagem principal, que naquela situação deveria se encontrar desesperado para provar sua inocência, caso contrário passaria o resto da vida atrás das grades, aparece a todo momento calmo e frio, inteiramente racional. Com isso, o espectador não sabe para o que torcer, e o desenvolver vai se mostrando tão simplista, que o que se quer mesmo é que ele pule de uma vez por todas, para que a nossa angústia termine.

Os diálogos são pobres, básicos, superficiais, assim como todo o filme, que não passa de um bom exemplo de que uma ideia boa nem sempre é o suficiente, de que a chave de tudo está num bom roteiro e nas escolhas certas dos atores.

Mas, pelo menos, nem tudo se perde. Há uma tentativa de crítica contra a atual imprensa sensacionalista e até aos próprios reality-shows, que dão status de celebridade a qualquer um. Além disso, os últimos quinze minutos até que dão uma certa expectativa, e a ação finalmente dá as suas caras.

Enfim, magnata poderoso, policiais corruptos, traição, um herói, a formação de um casal... Toda espécie de clichê está presente neste filme, que quase é um pastiche da quadrilogia "Missão Impossível". Quem quiser perder o seu tempo, esteja à vontade.

Nota: 3,0.

Dan Niel
Enviado por Dan Niel em 09/02/2012
Reeditado em 26/05/2013
Código do texto: T3489067
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