(foto da autora)
 


COMO LÁGRIMAS NA CHUVA
 
No filme Blade Runner, momentos antes de morrer, o replicante Roy Batty disse a Deckard:  “Tenho visto coisas que não imaginariam. Naves de ataque ardendo no ombro de Órion. Vi raios brilharem na escuridão, próximo ao Portão de Tannhauser. Todos esses momentos se perderão no tempo, como lágrimas na chuva. Hora de morrer.”

Realizado por Ridley Scott, Blade Runner é um dos melhores filmes de ficção científica. Com música original de Vangelis, é uma aula de cinematografia e de reflexão filosófica sobre a vida: não só pelas imagens, mas, principalmente, pelas mensagens que estão enroladas numa espécie de novelo, cujo entendimento só será alcançado por quem a isso se propuser. Como qualquer obra de arte, nem todas as pessoas gostam do filme, e daí a diversidade de opiniões.

A mensagem do filme desenvolve-se sobre o problema da identidade do homem, debilitada pela sua atitude perante o avanço da tecnologia; também sobre o que a máquina pode aprender da humanidade: o amor, o ódio, o desespero, a esperança, a solidão, a vingança, o valor da vida, até ao momento em que descobre a inevitabilidade da sua morte. Ao longo do filme assistimos a uma emocionante contradição: o homem demonstrou ser capaz de ter vida, mas não conseguiu ainda ser capaz de dar-lhe um sentido.
Ouvindo a excelente trilha sonora do filme, possamos refletir:
"Todos esses momentos se perderão no tempo, como lágrimas na chuva..."

Ana Flor do Lácio
Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 19/08/2013
Código do texto: T4441839
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