FILME INVICTUS E POEMA HOMÔNIMO - RESENHA


Nelson Mandela busca no poema “Invictus” a força para enfrentar o racismo, bem como lhe deu inspiração e forças para governar seu país, após 27 anos de prisão, e perdoar aqueles que o encarceraram e lhe obrigaram a trabalhos forçados. Mandela ficou em uma minúscula cela.
Difícil acreditar na incrível força de um homem envelhecido, para suportar sem loucura aquele cubículo a que ficou confinado.
Durante o tempo em que esteve na prisão de Robben Island, Nelson Mandela encontrou no poema "Invictus", a força necessária para continuar vivo e manter acessa a chama da luta contra a desigualdade.

Escrito pelo poeta inglês William Ernest Henley em 1875, o poema foi o grande companheiro de Mandela na pequena cela 4 da ala B de Robben Island. Condenado como foi dito a trabalhos forçados, sendo na prisão localizada em uma ilha a 11 quilômetros da Cidade do Cabo, que o líder da luta contra o “apartheid” passou 18 dos 27 anos que esteve preso. Mandela contou que, toda vez que fraquejava, lia e relia o poema para aplacar o sofrimento e buscar forças para seguir em frente.
Invictus também foi o título do filme dirigido por Clint Eastwood, lançado nos Estados Unidos em 11 de dezembro de 2009. Buscou contar a história da conquista do título mundial de Rugby pelo time da África do Sul durante o Campeonato Mundial realizado no país. Mandela incentiva um time que vinha sofrendo derrotas após derrotas. Durante o transcurso do campeonato, Mandela injeta o amor à África do Sul aos jogadores brancos, como um meio de aproximação pelo esporte entre as raças branca e negra do país. O Rugby uma paixão nacional, tanto entre negros como brancos. Entrega pessoalmente o poema ao capitão do time sul-africano, para motivá-lo a ganhar a competição e obtém sucesso em sua visão otimista. O então presidente percebia que a vitória poderia unir o país, que ainda enfrentava a segregação racial. E a comemoração não só valeu para o título, como o mundo assistiu uma rara manifestação de reciprocidade entre negros e brancos.

Abaixo transcrevo o poema realmente muito inspirador, [aplico aqui, unicamente uma visão particular: o poeta usa da licença poética comum ao se louvar a Entidade Superior como “deuses”, não necessariamente à entidades divinas que assim possam ser entendidas, mas a uma somatória de atributos: mentais, espirituais, da força de vontade, persistência – ao usarmos o Poema com agente motivador e ajuda, para efeito desta resenha] Para Mandela, perfeita a citação, ele era africano. Para nós todos, um lindo poema a ser decorado e aplicado na vida!


William Ernest Henley - Poeta Inglês
      
Autor do poema INVICTUS

INVICTUS
Dentro da noite que me rodeia
Negra como um poço de lado a lado
Agradeço aos deuses que existem
por minha alma indomável

Sob as garras cruéis das circunstâncias
eu não tremo e nem me desespero
Sob os duros golpes do acaso
Minha cabeça sangra, mas continua erguida

Mais além deste lugar de lágrimas e ira,
Jazem os horrores da sombra.
Mas a ameaça dos anos,
Me encontra e me encontrará, sem medo.


Não importa quão estreito o portão
Quão repleta de castigo a sentença,
Eu sou o senhor de meu destino
Eu sou o capitão de minha alma.


Recomendo àqueles que se interessarem, e não tenham assistido ao filme “INVICTUS”, que o façam, por valer a pena. Eu por exemplo me emocionei bastante em certo momento, outros comentam que choraram de emoção e vibração junto ao filme. Clint Eastwood, aliás, sabe tirar proveito de momentos emotivos, e se conseguir levar às lágrimas melhor, como o fez em Menina de Ouro. Além de excelente ator é cineasta completo, diretor e produtor. Faz bem seus filmes porque faz o que gosta.


Morgan Freeman e Matt Damon apertam as mãos em cena de ''Invictus”

“INVICTUS” - MAIS UMA VISÃO.
"Invictus", o poema, é mencionado duas vezes em "Invictus", no filme dirigido por Clint Eastwood. Da primeira vez, na cena que muda todo o ritmo e a dinâmica do filme, Mandela (Morgan Freeman), já presidente da África do Sul, recita o texto para François Pienaar (Matt Damon), o capitão dos Springboks, a seleção sul africana de rugby. O ano é 1995, uma copa do mundo do rugby se aproxima, a ser disputada numa África do Sul ainda profundamente dividida ao longo das linhas raciais. Os Springboks são o próprio símbolo da supremacia branca. "Na prisão, nós fazíamos questão de torcer por quem estivesse jogando contra eles", Mandela/Freeman admite.
E é por isso mesmo que Mandela chama o jovem capitão do time a Pretória - ele quer não apenas que o time ganhe a copa, mas aproxime-se da população negra que o hostiliza. E para que Pienaar saiba que não é tarefa fácil, mas possível, ele cita o poema. "Ele me disse uma vez - e eu, no papel dele, repito isso no filme - que ir aos jogos olímpicos de Barcelona foi uma experiência fundamental para ele", diz Morgan Freeman, escolhido pessoalmente por Mandela para representá-lo na tela. "Ele viu como países diferentes, até inimigos, podiam se unir em torno do esporte. Mandela foi um grande processador de informações e otimização determinante."

A segunda aparição de "Invictus" é fictícia, mas poderosa como signo: o poema está na carta que Mandela envia a Pienaar no início da copa de rugby (na verdade Mandela enviou um trecho de um discurso do presidente norte americano Theodore Roosevelt). "Eles sabiam que representavam algo maior", diz Matt Damon, que treinou com o próprio Pienaar para adquirir a endurance necessária ao jogo. "Foi uma jornada incrível para eles não apenas até a vitória, mas principalmente até aprender a letra para "Nkosi Sikele Africa" (o hino da África do Sul pós-apartheid) e jogar representando, de fato, todo o país."
SOBRE O AUTOR DO FILME INVICTUS
Clinton "Clint" Eastwood, Jr. (São Francisco, 31 de maio de 1930) é um ator, cineasta e produtor dos Estados Unidos famoso pelos seus papéis típicos em filmes de ação como um cara durão e anti-herói, principalmente como o Homem sem nome da Trilogia dos Dólares nos filmes western spaghetti de Sergio Leone dos anos 60, e interpretando o Inspetor 'Dirty' Harry Callahan na série de filmes Dirty Harry, das décadas de 1970 e 1980.
Como diretor, seus filmes têm sido criticados positivamente. Ganhou quatro vezes o Oscar — duas cada como Melhor Diretor e de Melhor Filme—, e foi homenageado em 1995, recebendo o Prêmio Memorial Irving G. Thalberg em reconhecimento à sua longa carreira no cinema.1 Por duas vezes foi eleito o ator favorito dos estadunidenses, e é o único ator da história do cinema a estrelar em filmes considerados de "grande sucesso" por cinco décadas consecutivas (Pesquisas: Assistindo ao filme; lendo sua sinopse; e sobre o autor, Wikipédia; fotos – net)

 
Mauro Martins Santos
Enviado por Mauro Martins Santos em 04/03/2014
Reeditado em 04/03/2014
Código do texto: T4715205
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