BLUE DROP 12: Reconciliação
BLUE DROP 12 COSMOS: RECONCILIAÇÃO
Miguel Carqueija
Azanael finamente descobre a verdade sobre a pane da nave Blue e a catástrofe que se abateu na Ilha Kamioki. Secretamente, a Comandante Chefe da invasão, Shibariel, sabotara a nave para descontrolar a “força drive” — que atuava por telepatia nos seres humanos, levando-os a alucinações — para testar o seu alcance e seus efeitos em arumes e horimes (estes, os humanos terrestres). Azanael rebela-se e é obrigada a fugir, ferida, do navio-capitânea. Enquanto isso, a Academia Kalhou, prosseguem os preparativos para o festival e a peça teatral de Michiko. A avó de Mari aparece para visitá-la. Mari agora está mais feliz, mas resta resolver a questão com Hagino... mas poucas pessoas sabem da crise que se agiganta e que explodirá a qualquer momento: está tudo pronto para que a Terra seja invadida pela raça estra-solar das Arumes, tecnologicamente muito superiores...
Resenha do capítulo 12 – Cosmos - — do seriado japonês de animação “Blue drop” (A gota azul) (Tenshitashi no gikyoko), do estúdio Asashi Production (2007) com direção de Masahiko Koohkura. Criação original em mangá de Akihito Yoshitomi.
“Alienígenas em grande escala iniciam seu ataque e o mundo inteiro padece sob as chamas da guerra. Blue enfrenta a batalha sozinha... pelo planeta que ela (Ekaryl/Hagino) ama e para proteger a garota que tem o coração conectado com o seu.”
(Narração que anuncia o episódio 13)
“Os horimes são seres realmente misteriosos. Embora eles sejam tão pequenos e fracos, foram capazes de mudar você em vários sentidos.”
(Tsubael para Ekaryl)
“Eu não fui a única que mudou.”
(Ekaryl para Tsubael)
“A batalha com os horimes terminará num piscar de olhos.”
(Shibariel, Comandante-Chefe da frota invasora)
“Mas antes você terá de enterrá-la, não é?”
(Azanael, referindo-se a Ekaryl, a rebelde que defende os terrestres)
Aproximam-se os acontecimentos mais graves de “Blue drop”, um seriado que, mais do que as cenas de ação e mesmo de batalhas entre naves espaciais, centra-se no coração das pessoas e em especial das adolescentes. Wakatake Mari, Senkouji Hagino, Tsubael, Kouzuke Mochiko, são as grande figuras da saga. Mari, com seu coração generoso, estima profundamente Hagino, por saber ter sido por ela salva cinco aos atrás, na catástrofe da Ilha Kamioki, ficando porém abalada ao tomar conhecimento de que o desastre fôra causado pela nave Blue, e que seus pais, dos quais ela já não se lembrava, tinham morrido na ocasião. Quando Hagino retorna à Academia Kalhou, ela é a única aluna da classe que não a festeja. Mas durante o primeiro dia do festival, quando as pessoas se espalham pelas mesas ao ar livre, ela consegue falar com Hagino a alguma distância, perto do mar. Ela pede uma explicação a Hagino. E esta, mesmo sendo a valorosa Comandante Ekaryl da nave Blue (pois como ficou dito, sendo uma clone Ekaryl apenas tem aparência de adolescente, como muitas de sua raça), humilha-se diante de sua amiga terrestre.
“Durante aquele incidente, muitas pessoas morreram. E quando percebi que não poderia fazer qualquer coisa para cessar aquilo, eu te encontrei. Eu fiquei surpresa, pois você foi a única sobrevivente do incidente. “
Nesse ponto as lágrimas de comoção começam a escorrer livremente dos olhos de Hagino, que prossegue emocionada:
“Mas fiquei muito feliz . Pois você está viva... sobretudo, você está viva... entretanto eu tive medo de contar-lhe toda a verdade.”
Como se pode ver, “Blue drop” é minimalista e penetra fundo nos sentimentos das personagens, em fascinantes nuances de sensibilidade. A beleza da mensagem é mostrar que seres diferentes podem se amar mesmo que pertençam a mundos diferentes, separados por incomensuráveis distâncias cósmicas. Diante do terrível cataclismo que presenciou impotente, que vitimou mais de 800 nativos e mais de 200 companheiras arumes, Ekaryl/Hagino se comove por ter conseguido salvar uma pessoa que ela não conhecia, para ela uma alienígena, a doce Wakatake Mari. E essa pessoa a quem ela havia salvo tornara-se, sem saber, sua amiga, e mais ainda depois de saber que Hagino a havia salvo. E por ter salvo Mari, Hagino sentia-se responsável por ela, mesmo se tivesse de guerrear sua própria espécie. Pois, Shibariel queria a posse da menina, para estudar como podia ter sobrevivido à difusão da energia que deveria tê-la morto como aos outros habitantes da ilha.
A cena que segue é antológica. Emocionada, Hagino virara-se um pouco. Mari a puxa pelo braço e em seguida a esbofeteia. “Isto é por não me contar a verdade!” A seguir ela empurra Hagino para a água: “E isto (já gritando) por me deixar tão preocupada com você!”
Mari joga-se na água e, sorrindo, estende as duas mãos para Hagino, que corresponde.
O subtítulo do episódio diz: “Maravilhosa reconciliação”.
Mas agora chegará a situação que a narradora da série anuncia para o capítulo seguinte: o derradeiro episódio, que trará o enfrentamento entre Ekaryl e Shibariel, a apoteose final de “Blue drop”.
Rio de Janeiro, 13 de junho de 2015.
imagem da série: Michiko, autora da peça teatral sobre Santa Joana D'Arc.
BLUE DROP 12 COSMOS: RECONCILIAÇÃO
Miguel Carqueija
Azanael finamente descobre a verdade sobre a pane da nave Blue e a catástrofe que se abateu na Ilha Kamioki. Secretamente, a Comandante Chefe da invasão, Shibariel, sabotara a nave para descontrolar a “força drive” — que atuava por telepatia nos seres humanos, levando-os a alucinações — para testar o seu alcance e seus efeitos em arumes e horimes (estes, os humanos terrestres). Azanael rebela-se e é obrigada a fugir, ferida, do navio-capitânea. Enquanto isso, a Academia Kalhou, prosseguem os preparativos para o festival e a peça teatral de Michiko. A avó de Mari aparece para visitá-la. Mari agora está mais feliz, mas resta resolver a questão com Hagino... mas poucas pessoas sabem da crise que se agiganta e que explodirá a qualquer momento: está tudo pronto para que a Terra seja invadida pela raça estra-solar das Arumes, tecnologicamente muito superiores...
Resenha do capítulo 12 – Cosmos - — do seriado japonês de animação “Blue drop” (A gota azul) (Tenshitashi no gikyoko), do estúdio Asashi Production (2007) com direção de Masahiko Koohkura. Criação original em mangá de Akihito Yoshitomi.
“Alienígenas em grande escala iniciam seu ataque e o mundo inteiro padece sob as chamas da guerra. Blue enfrenta a batalha sozinha... pelo planeta que ela (Ekaryl/Hagino) ama e para proteger a garota que tem o coração conectado com o seu.”
(Narração que anuncia o episódio 13)
“Os horimes são seres realmente misteriosos. Embora eles sejam tão pequenos e fracos, foram capazes de mudar você em vários sentidos.”
(Tsubael para Ekaryl)
“Eu não fui a única que mudou.”
(Ekaryl para Tsubael)
“A batalha com os horimes terminará num piscar de olhos.”
(Shibariel, Comandante-Chefe da frota invasora)
“Mas antes você terá de enterrá-la, não é?”
(Azanael, referindo-se a Ekaryl, a rebelde que defende os terrestres)
Aproximam-se os acontecimentos mais graves de “Blue drop”, um seriado que, mais do que as cenas de ação e mesmo de batalhas entre naves espaciais, centra-se no coração das pessoas e em especial das adolescentes. Wakatake Mari, Senkouji Hagino, Tsubael, Kouzuke Mochiko, são as grande figuras da saga. Mari, com seu coração generoso, estima profundamente Hagino, por saber ter sido por ela salva cinco aos atrás, na catástrofe da Ilha Kamioki, ficando porém abalada ao tomar conhecimento de que o desastre fôra causado pela nave Blue, e que seus pais, dos quais ela já não se lembrava, tinham morrido na ocasião. Quando Hagino retorna à Academia Kalhou, ela é a única aluna da classe que não a festeja. Mas durante o primeiro dia do festival, quando as pessoas se espalham pelas mesas ao ar livre, ela consegue falar com Hagino a alguma distância, perto do mar. Ela pede uma explicação a Hagino. E esta, mesmo sendo a valorosa Comandante Ekaryl da nave Blue (pois como ficou dito, sendo uma clone Ekaryl apenas tem aparência de adolescente, como muitas de sua raça), humilha-se diante de sua amiga terrestre.
“Durante aquele incidente, muitas pessoas morreram. E quando percebi que não poderia fazer qualquer coisa para cessar aquilo, eu te encontrei. Eu fiquei surpresa, pois você foi a única sobrevivente do incidente. “
Nesse ponto as lágrimas de comoção começam a escorrer livremente dos olhos de Hagino, que prossegue emocionada:
“Mas fiquei muito feliz . Pois você está viva... sobretudo, você está viva... entretanto eu tive medo de contar-lhe toda a verdade.”
Como se pode ver, “Blue drop” é minimalista e penetra fundo nos sentimentos das personagens, em fascinantes nuances de sensibilidade. A beleza da mensagem é mostrar que seres diferentes podem se amar mesmo que pertençam a mundos diferentes, separados por incomensuráveis distâncias cósmicas. Diante do terrível cataclismo que presenciou impotente, que vitimou mais de 800 nativos e mais de 200 companheiras arumes, Ekaryl/Hagino se comove por ter conseguido salvar uma pessoa que ela não conhecia, para ela uma alienígena, a doce Wakatake Mari. E essa pessoa a quem ela havia salvo tornara-se, sem saber, sua amiga, e mais ainda depois de saber que Hagino a havia salvo. E por ter salvo Mari, Hagino sentia-se responsável por ela, mesmo se tivesse de guerrear sua própria espécie. Pois, Shibariel queria a posse da menina, para estudar como podia ter sobrevivido à difusão da energia que deveria tê-la morto como aos outros habitantes da ilha.
A cena que segue é antológica. Emocionada, Hagino virara-se um pouco. Mari a puxa pelo braço e em seguida a esbofeteia. “Isto é por não me contar a verdade!” A seguir ela empurra Hagino para a água: “E isto (já gritando) por me deixar tão preocupada com você!”
Mari joga-se na água e, sorrindo, estende as duas mãos para Hagino, que corresponde.
O subtítulo do episódio diz: “Maravilhosa reconciliação”.
Mas agora chegará a situação que a narradora da série anuncia para o capítulo seguinte: o derradeiro episódio, que trará o enfrentamento entre Ekaryl e Shibariel, a apoteose final de “Blue drop”.
Rio de Janeiro, 13 de junho de 2015.
imagem da série: Michiko, autora da peça teatral sobre Santa Joana D'Arc.