Warcraft - O Primeiro Encontro de Dois Mundos: uma grata surpresa

Nunca tive paciência para os games e suas fases intermináveis, sequer havia prestado atenção à mitologia Warcraft e só resolvi assistir ao filme pelas boas críticas que eu li. Talvez por isso tenha saído do cinema tão boquiaberto. De início, leigos nesse universo (como eu!) podem até fazer alguma conexão com Senhor dos Anéis, e até Harry Potter (afinal são também de alta fantasia e por isso dividem elementos em comum do gênero), mas em menos de dez minutos essas associações são dissolvidas e o filme claramente estabelece sua linguagem própria: menos denso, mais imparcial e mais colorido, e nem por isso menos adulto. Definitivamente não é uma história para crianças.

Trata-se de um entretenimento de altíssima qualidade, com trabalho de direção muito competente (o diretor Duncan Jones é um fanático por esse universo), personagens cativantes e ambivalentes, roteiro que tenta fugir do previsível, bons diálogos, trilha sonora marcante e computação gráfica que dá uma sensação de realidade absurda de tão impressionante. Até no clichê a junção desses bons elementos faz com que o resultado seja satisfatório.

Nos cerca de 120 minutos (que passam voando), é legal observar que os personagens estabelecem reais relações entre eles e com a história sem que isso se pareça forçado, e de que muita coisa ainda está por vir. Só me resta torcer para que faça bilheteria que garanta uma continuação, porque claramente o projeto foi desenvolvido a fim de se tornar uma franquia, que, por conta da sua grandiosa mitologia, há muito ainda a explorar.

Nota: 9,5.

Dan Niel
Enviado por Dan Niel em 04/06/2016
Código do texto: T5657314
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.