Sailor Moon Crystal 20: a Tóquio de Cristal

SAILOR MOON CRYSTAL 20: A TÓQUIO DE CRISTAL
Miguel Carqueija


Numa verdadeira chuva de revelações, o episódio 20 de “Sailor Moon Crystal” envolve os espectadores nas múltiplas informações fornecidas pelo Rei Endymion, quando Sailor Moon e seus amigos (Sailor Vênus, Tuxedo Mask, Chibiusa, Luna e Artêmis) chegam ao Século 30, à Tóquio de Cristal, a cidade do futuro que encontram estranhamente destruída.
As revelações são estarrecedoras. O mundo foi atacado por uma força maligna, o Clã da Lua Negra, um grupo de sediciosos que se opunha ao Milênio de Prata da Lua, ora restaurado na Terra. O grupo fôra exilado para o distante planeta Nêmesis, nos confins do Sistema Solar. Porém, energias estranhas estavam sendo captadas naquele mundo distante. Um belo dia, uma explosão de origem desconhecida atingiu Tóquio e a maior parte das pessoas desaparecerem. A Nova Rainha Serenity caíra em coma profundo e seu corpo havia sido envolvido como numa redoma, pelo cristal de prata, que se expandiu para proteger o Palácio de Cristal. Endymion e as quatro guerreiras, protetoras da rainha (as sailors Marte, Mercúrio, Vênus e Júpiter), Endymion e os gatos falantes Luna e Artêmis também tombaram inconscientes. Endymion porém ainda conseguia projetar-se fora do corpo, e nessa forma etérea recepcionara os visitantes. Acordadas haviam permanecido Diana (a gatinha, filha de Luna e Artêmis) e a Pequena Dama, Chibiusa, que resolvera buscar ajuda no passado. Mas a mais espantosa de todas as revelações é que a Rainha Serenity era Sailor Moon; o Rei Endymion era Mamoru Chiba, o Tuxedo Mask; e Chibiusa afinal, era a filha de Usagi Tsukino, a Sailor Moon, e Mamoru Chiba...



Resenha do episódio 20 - “Tóquio de Cristal: Rei Endymion” do seriado de animação “Sailor Moon Crystal” (Japão, Toei Animation, segunda temporada, 2014-2015). Criação da personagem e supervisão do animê: Naoko Takeushi. Direção: Munehisa Saka. Sailor Moon (Usagi Tsukino) dublada por Kotono Mtsuishi. Chibiusa dublada por Misato Fukuen.

“Bem vindos ao século 30, à Tóquio de Cristal”
(Rei Endymion)

“Não é este o futuro que queria que vissem.”
(Rei Endymion)

“Sou Usagi, a Pequena Dama Serenity, filha da Nova Rainha Serenity e do Rei Endymion, e Primeira Princesa do Milênio de Prata.”
(Chibiusa)

“Eu? Uma rainha? Essa é quem eu sou no século XXX?”
(Sailor Moon)

“Então aquela explosão imensa devastou a Terra.”
(Rei Endymion)

“A meta deles é nos derrotar, roubar o cristal de prata e tomar este planeta.”
(Rei Endymion)


Admiro muito a riqueza de detalhes que Naoko Takeushi espalhou através da saga de Sailor Moon, a Princesa da Lua Branca, uma saga que parece nunca estar completa tendo em vista as contínuas novas revelações que acrescentam detalhes significativos à trama. Na fase da Lua Negra até paradoxos temporais acontecem, como o Tuxedo Mask falar consigo mesmo, com seu alter-ego do futuro. Sailor Moon vê, na redoma, como uma Bela Adormecida rediviva, a si mesma, tornada uma rainha no futuro. Descobre enfim a estarrecedora verdade: que ela, Usagi Tsukino, não morrerá, pelo menos nos próximos mil anos. Nem ela, nem os gatos lunares, nem Mamoru Chiba, nem as sailors que a acompanham. No entanto alguma coisa está errada. Se não conseguirem deter a Lua Negra, e se as suas “versões” antigas vierem a morrer, todo o futuro se desfará. Em última análise esta é a terrível ameaça que pesa sobre todos. Mas a carga de aflição da série continua. Diante de um novo ataque da Lua Negra, Sailor Moon descobre que não consegue ativar o poder de seu cetro lunar, o que parece ser causado pelo deslocamento temporal. Desprovida de seus poderes, Usagi não consegue evitar ser hipnotizada e sequestrada por Demand, o Príncipe da Lua Negra. A trama atinge uma fase verdadeiramente angustiante. Aliás Naoko Takeushi é mestra em jogar emoções aos leitores e espectadores de sua obra. Com a grande heroína dominada... o que poderá vir agora?



(imagem da franquia - criação de Naoko Takeushi)