FILME: ANTES DE PARTIR (Morgan Freeman/Jack Nickolson)

Carter, interpretado por Morgan Freeman, começa relatando os últimos dias de Edward (Jack Nickolson), com quem conviveu nos seus últimos dias de vida. Ele era um mecânico, homem de família, humilde e inteligente. Porém vivia sendo assombrado pela doença que o fazia visitar periodicamente o hospital, mais vezes do que ele imaginava ser necessário. Edward, por sua vez era um rico diretor de hospitais, homem rude e arrogante, e tinha em comum com Carter o fato de terem a mesma doença.

O destino encarregou de unir, no mesmo quarto de hospital, estes dois personagens, mas Edward queria um quarto individual. Achava que ter a companhia de Carter era, no mínimo, repugnante, mas foi convencido pelo seu assessor que era melhor permanecer. Seria bom, pelo menos, para a imagem do hospital.

Os dias de convívio passaram e certas afinidades foram se evidenciando, tornando os diálogos mais toleráveis. Até que certa amizade pode ser percebida entre os dois após um início não promissor.

Os médicos trazem a notícia de que não viveriam mais do que um ano de vida, devido à gravidade do câncer de ambos. Então Edward, aceitando sua situação, muda sua visão sobre a vida e decide aproveitá-la da melhor maneira possível. Tira como referência uma lista de metas que Carter fez, em outro momento, deitado em seu leito. Edward refaz esta mesma lista, acrescentando outros tópicos.

Edward convida Carter para uma viagem, a fim de experimentar todas as sensações que desejara, mas nunca houvera oportunidade. Após muitas ponderações, Carter aceita, até porque seria, literalmente, uma oportunidade única. Porém, isso deixou sua família muito contrariada.

Comeram nos melhores restaurantes, conheceram incríveis lugares, dirigiram carros poderosos e pularam de pára-quedas. E isso tudo baseado na lista de projetos que fizeram.

Eles retornam, e Carter vai para o seio de sua amorosa família, enquanto Edward retorna à solidão de sua casa. O mecânico já havia tentado ajudar a Edward na reconciliação com sua filha, mas sem sucesso.

Carter passa mal e volta ao hospital, quando recebe a visita de Edward. Naquele momento de dor, conseguem rir até chorar no meio de suas conversas, cumprindo a penúltima meta da lista. Carter vem a falecer e, numa carta, pede a Edward para encontrar alegria em sua vida, estimulando-o a reencontrar sua filha, o que vem a ocorrer logo depois.

Edward morre, e suas cinzas são postas ao lado das cinzas de Carter. Cada uma em sua própria latinha de café, um desejo de ambos.

Vemos uma linda lição de vida retratada neste filme. A verdade é que nos preocupamos muito em nossa breve existência, perdendo-se no meio de tanta ansiedade e, por fim, esquecendo-nos o real propósito de viver.

Dificilmente poderíamos dispor de tanto dinheiro para aproveitar a vida como se fosse nosso último dia. Entretanto, a mensagem do filme é intensa e ultrapassa os limites desta afirmação.

Relacionamento com as pessoas e mudanças de paradigma são a tônica deste longa-metragem, nos fazendo repensar os próprios caminhos.

Boa sessão!

André Nasser
Enviado por André Nasser em 04/09/2016
Reeditado em 04/09/2016
Código do texto: T5749584
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