"Águas Rasas"

SERRA, Jaume Collet. Águas Rasas. Columbia Pictures, 2016. Diretor, produtor e produtor executivo, nascido em Barcelona na Espanha em 23 de março de 1974, aos 43 anos está à frente da produção de grandes filmes no cinema, em destaque a “Casa de Cera”, o filme que marcou sua estreia no cinema.

Nayane de Carvalho

Nancy é uma jovem americana que abandona sua faculdade de medicina para ir viajar com sua amiga para o México em busca de uma ilha secreta, a qual sua mãe foi antes de morrer de câncer. Abandonada por sua amiga que estava de ressaca, Nancy decide ir sozinha procurar a ilha e pega carona com um cara chamado Marcus que a alerta de várias armadilhas do mundo selvagem e tecnológico. Destarte, achando que iria ter apenas grandes ondas como desafio, acaba se deparando com algo maior e inesperado tubarão branco. O que era para ser um momento de paz e diversão torna-se seu pior pesadelo. “Eu lutava enquanto estava no chão, tão perdida cheguei ao meu limite, mas eu não quero morrer”, a música tema do filme, retrata muito a personagem, em questão do seu psicológico estar abalado pela perda de sua mãe, a angústia que era tão forte ao ponto de faze-la perder a fé em sua profissão e em si mesma e, claro, sua luta com o seu perseguidor, o tubarão. A jovem encontra-se machucada, devido a mordida do predador, em cima de uma pedra com uma gaivota, que a ajudou a não perder sua sanidade, um relógio que se mostrou essencial para os seus cálculos de distância e o tempo que era seu maior aliado. É pertinente que seus conhecimentos de medicina e primeiros socorros a salvaram de perder a perna, hemorragias, hipotermia e outras infecções que podiam levá-la óbito. A moça não era a fonte de alimento, já que a baleia estava lá, dessa forma, ela encontrava-se em território inimigo, assim, o tubarão ficava sempre ao redor como um psicopata fazendo “jogos” psicológicos, como sumir e voltar sem que a protagonista esteja esperando para ataca-la e ficando rodeando para deixa-la com mais medo e, assim, se entregar, mas a personagem era esperta e observadora, lutou e foi guerreira, como sua mãe, até o fim e mesmo com todas as vantagens de sair na frente, ela sempre sofria as consequências, como a queimadura das águas vivas e corais, e a escada quebrada que a fez cair. Não só na ficção, como na realidade, é indubitável a presença de problemas e desafios na vida. Fazendo uma analogia, os problemas são o tubarão e faz-se necessário lutar bravamente como Nancy, colocando a família acima de tudo e a usando como base e fortaleza para seguir em frente e lutar contra um “perseguidor”. Algumas pessoas serão gananciosas como o bêbado da praia, irão ver o problema e tirar proveito para seu benefício, mas a vida dará o seu castigo, assim como no filme. Saber superar os medos e traumas como a jovem superou a morte de sua mãe, se formou em medicina e voltou a surfar para ensinar sua irmã mais nova, a jovem via as cicatrizes em sua perna com orgulho, pois elas as fortaleciam. Na vida real, também há várias cicatrizes deixadas por cada problema e obstáculo, mas que sejam vistas como marcas de um desafio vencido e não como uma ferida incurável, que sejam uma forma de se fortalecer e seguir com a cabeça erguida. Durante a vivência, também aparecerão muitos amigos, mas que no momento de desespero e dificuldade irão desaparecer inventar desculpas como a amiga da personagem, contudo, a pessoa menos esperada, seja até mesmo um familiar, estará lá do lado prestando apoio assim como a gaivota do longa-metragem.

Roselameira e NAYANE DE CARVALHO
Enviado por Roselameira em 14/04/2021
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