DO MITO À HISTÓRIA: O PERCURSO DO SABER HISTÓRICO NA ANTIGUIDADE

“O mito é sempre uma representação coletiva, transmitida através de varias gerações e que relata uma explicação do mundo. Mito é, por conseguinte a parole, a palavra revelada, o dito...”.

O ato de reconhecer Heródoto como pai da História é louvável até o momento em que um segundo historiador que atua com uma visão singular de história, Tucídedis consegue ver a história como ela é, e mais consegue limitar suas investigações a uma determinada “circunstância se reduzirem em época diferente”.

Heródoto mostra os primeiros meios históricos registrados, pois antes só havia história contada em prosas, trazendo para os dias de hoje (os contadores de causos).

É fundamental para a história os fatos relatados por Heródoto em Ilíada e Odisséia mesmo que “a moderna historiografia” reconhece a sua importância mais deixa uma serie de restrições, segundo eles, Heródoto “realiza uma história humanista e não mais divina”, talvés esse seja um marco importante da passagem do mito para a filosofia e Heródoto com uma visão lá no futuro coloca o passado em evidencia e relata a guerra de Tróia, “a função da história para Heródoto residia em sua importância como memória”.

Os primeiros passos para a história foram dados, apesar, dos registros não terem certa confiabilidade ou uma vaga história contada para o mundo em certas passagens Heródoto se fantasia.

Tucídedis viveu provavelmente entre 460-400 a.C. Sua visão histórica de mundo é de supra importância como citado no inicio desse texto, Tucídedis consegue ser útil e sua intenção era deixar um patrimônio para a prosperidade e é nesse contexto que talvés Tucídedis tenha se equivocado quando relata que “sendo a natureza imutável, determinadas circunstâncias se reproduzirem em épocas diferentes, os fatos se repetirão de maneira idêntica ou semelhante”.

Ao relatar a guerra entre Esparta e Atenas (491-404 a.C.), Tucídedis se aproxima das perspectivas da historiografia, Tucídedis se destaca por “elaborar métodos mais próximos dos atuais”. Para Tucídedis ao relatar que a “natureza humana é imutável” ele coloca que o erro acompanha as pessoas.

A preocupação com a verdade é mais evidente em Políbios um historiador grego do século II a.C. e que viveu grande parte de sua vida em Roma. Políbios retrata a segunda guerra Púnica (264-221 a.C.), e tinha como intensão escrever uma narrativa mais global possível.

Collingwood também relata a guerra de Roma, mais numa fase adulta. Collingwood defende a história universal e considera como o primeiro que “concebe a historia como tal”.

Políbios ao contrario de Tucídedis “não julga que o estudo da historia habilitará os homens a evitarem os erros do passado”.

Para Políbios “ela tem como função ajudar os homens a superar os erros do passado e enfrentá-los com coragem”. Talvés seja daí que nasce o conceito de historia que se conhece hoje e não em Heródoto.

Collingwood tem a mesma visão e deixa claro as evidencia do império romano. Políbios contribui para uma história patriótica, mas Tito Lívio legitima a intenção de Políbios e a superioridade dos romanos. O imperador Augustus convida o poeta Virgilio para compor uma epopéia patriótica nos moldes épicos de Homero. Tito Lívio imbuído dessa narrativa descreve a “História de Roma” desde “a história primitiva até a constituição do principado com Augustus”. Tito Lívio recebe criticas aos relatos “tradições mitológicas da fundação da cidade de Roma, misturam ações divinas e humanas”.

É impressionante como a história acontece desde os primeiros passos com Heródoto que relata a guerra de Tróia, e à sua maneira daí uma seqüência de acontecimentos colaboram para os meios históricos, depois Tucídedis começa a traçar os perfis históricos dando mais fidelidade aos fatos, Políbios tem a mesma intenção e não é diferente quando se trata da historia de Roma, talvés Augustus não se deu conta de que a epopéia contada por Virgilio e retratada por Tito Lívio seja parecida com a Ilíada e Odisséia de Homero, tanto que Tito Lívio recebeu criticas a respeito da fundação de Roma.

Será uma mera especulação, ou Roma usou os mesmo métodos da Grécia para escrever a sua própria história

P.S.Arantes

Leia e Opine. Sua Opinião é muito importannte para mim

PSArantes
Enviado por PSArantes em 02/09/2009
Reeditado em 06/09/2009
Código do texto: T1789432