A chamada história deuteronomista

RÖMER, Thomas. A chamada história deuteronomista: Introdução sociológica, histórica e literária. Petrópolis, RJ: Ed. Vozes, 2008.

SÍNTESE

A obra de Thomas Römer “A chamada história deuteronomista” está dividida em seis capítulos, a saber: 1°) O conteúdo da assim chamada História' Deuteronomista (Deuteronômio – 2Reis); 2º) O que significa “História Deuteronomista”? – Um apanhado da pesquisa passada; 3º) A História Deuteronomista do período assírio ao período persa; 4°) Editoração Deuteronomista no período assírio e propaganda real; 5°) A constituição da História Deuteronomista no período neobabilônico; 6°) Editando a História Deuteronomista durante o período persa.

1° Capítulo: O conteúdo da assim chamada História Deuteronomista (Deuteronômio – 2Reis)

O autor faz uma breve explicação do Dt e como ele pode ser dividido: Dt 1-30 – uma espécie de testamento de Moisés; Dt 31-34 – últimas ações de Moisés e relato de sua morte. Dt possui duas introduções que precedem Dt 12-26: 1°) Dt 1-4 é chamada “recapitulação” de acontecimentos do tempo das perambulações do povo no deserto; 2°) Dt 5-11 está relacionada diretamente com a coleção legal subseqüente por conter motivações para respeitar a lei divina transmitida por Moisés. A afirmação central do Dt está em Dt 6,4.

Römer apresenta a construção do livro de Josué e o apresenta também como continuação dos últimos capítulos de Dt. Representa o cumprimento da promessa da terra e de todas as promessas de Javé. No discurso de Josué em Siquém contém um sumário da narrativa do Hexateuco (dos patriarcas até a conquista).

O livro dos Juízes está dividido em dois prólogos: 1°) expõe os acontecimentos da conquista que Josué apresenta; 2º) tentativa de criar um “período dos Juízes”. O livro termina com dois apêndices: 1°) compreende os cap. 17 e 18; e 2°) caps. 19-21 (trata do tubo de Benjamim). Ambos são unidos por um refrão que afirma que cada um fez na ocasião “o que era reto aos seus olhos” (17, 6; 18, 1; 21, 25).

Os livros de Samuel e Reis: No inicio de cada livro era único na Bíblia Hebraica, sendo divididos mais tarde em dois. São chamados os quatro livros dos Reinos. Samuel 1 é profeta de Javé e ultimo juiz e, Israel. Está estritamente ligado à escolha de Saul como rei de Israel. 1° Samuel marca o fim dos Juízes e início da monarquia. 2° Samuel descreve o reinado de Davi, a transferência da “arca” para Jerusalém. Em 1°Rs, é marcada o fim da sucessão após uma interrupção em 2Sm. Salomão sobe ao trono e Davi perde a capacidade de controlar os acontecimentos. A história do reinado de Salomão é dividida em duas partes: 1°) descreve-o como rei sábio e construtor do templo; 2°) parte da narrativa de Salomão em 1Rs 9-11, apresenta uma visão mais negativa do rei. 1Rs 15 e 2Rs 17 relatam a história paralela de dois reinos e são narradas sincronicamente. Os últimos capítulos narram a história do Reino de Judá até seu exílio.

2° Capítulo: O que significa “História Deuteronomista”? Um apanhado da pesquisa passada

A História Deuteronomista é uma invenção da ciência bíblica moderna. O criador dessa hipótese é Martin Noth. Para se compreender essa hipótese é necessário observar um esboço sobre a gênese da hipótese e sua ulterior evolução até o presente debate. Esse esboço possui três partes: 1°) Antes de Noth; 2°) A invenção da História Deuteronomista de Noth; e, 3°) A discussão erudita à partir de Noth.

Neste capítulo é tratado sobre a Pré-história da hipótese da História Deuteronomista. Na tradição hebraica e em certo ponto na tradição cristã, o Pentateuco é o centro da Bíblia hebraica. É apresentado os supostos escritores para o livro de Dt, SM, RS, Jz, Js, Jr. Depois passa-se para a descoberta do Dt. M. de Wette fala de uma redação “Deuteronomista” para explicar a formação dos livros históricos. Assim, suas ideias foram assumidas pelo bispo Colenso, que empreendeu um exame detalhado do vocabulário hebraico do deuteronômio. Sobre a elaboração da ideia de editores deuteronômicos, para Heinrich Ewald a coleção de Gênesis a Josué, recebe o nome de “Grandes livros das Origens”; os livros de Juízes, Rute, Samuel e Reis, recebe o nome de “Grande livro dos Reis”. Para ele, a segunda coleção , na sua redação final, resulta da atividade de dois redatores deuteronômicos . segundo as ideias de Edward, há camadas deuteronomistas em Dt – Js, como em Jz – 2Rs, mas insiste na ruptura entre Jz e Js admitindo a existência de uma mesma redação deuteronomista de Dt – RS, destacando aí a primeira parte da Bíblia como sendo um Hexateuco e não Pentateuco.

Noth abandona a ideia de um Hexateuco e isso tem a ver com seu trabalho sobre um comentário a Josué, sem ele, as fontes javista e eloísta não relatam a entrada na terra. Noth não se preocupou em delinear quais textos nos livros históricos deveriam ser considerados “deuteronomistas”. Ele admitiu como ponto pacífico a existência de uma redação deuteronomista nos Profetas Anteriores; investigou a possibilidade dos textos deuteronomistas pertencerem a uma redação coerente e unificada, devida a um único redator, o deuteronomista. Provas para estas redações são encontradas nos textos que Noth chamou de “capítulos de reflexão”. A História Deuteronomista, segundo Noth, deve, portanto, começar em algum lugar no Pentateuco, e, não há nenhum sinal de editoração deuteronomista em Gênesis e Números. O livro do Deuteronômio aparece como chave hermenêutica e a base ideológica para ler e compreender a história subseqüente.

A História Deuteronomista foi escrita durante a ocupação neobabilônica de Judá, por volta de 560 a.C. Jepsem escreveu em 1939 um ensaio sobre a formação do livro do Reis, publicado em 1953, no qual defende uma redação profética dos livros dos Reis, que teria ocorrido por volta de 550 a.C, semelhante ao Dt de Noth. Jepsen destaca num prefácio a proximidade entre seus resultados e o modelo de Noth .

Para Noth, Dt tinha uma visão muito pessimista da história passada de Israel por isso, ao elaborar sua teoria, ele não prestou muita atenção aos textos que parecem contradizer o suposto pessimismo de Dt. O ponto de partida de um antigo assistente de Noth, R. Smend, foi a observação de que alguns textos deuteronomistas são evidentemente compósitos. Ele começou sua reavaliação crítica da hipótese de Noth por um estudo de Js 1,1-9, onde Javé se dirige a Josué como um rei ou um chefe militar prestes a começar a guerra. Um aluno de Smend, Walter Dietrich, descobriu outra camada deuteronomista, caracterizada pela insistência na profecia e chamou-a de Dt Profético. Alguns estudiosos expressaram recentemente seu desacordo em relação aos diferentes desdobramentos da hipótese da História Deuteronomista, defendendo a tese de Noth de um único Dt no período exílico. Hoje afirma-se que frequentemente que se pode encontrar redações deuteronomista também no Tetrateuco (Gn até Nm) e em alguns dos livros proféticos. De maneira mais contundente, o debate sobre redações deuteronomistas e “deuteronomismo” no Pentateuco levanta uma importante questão relativa aos critérios que definem um texto como “deuteronomista”. A “Historiografia Deuteronomista” de Noth provocou fortes objeções. Segundo Tucídides, um historiador deveria usar somente fontes confiáveis e destacar o que é divino, mítico, relacionado aos Profetas Anteriores. C. Westermann afirma que cada livro dos Profetas Anteriores provém de um contexto social e histórico diferente.

Na História Deuteronomista, encontra-se numerosa alusões sobre a destruição de Jerusalém e sobre o exílio da Babilônia, as quais Cross não consegue explicar simplesmente pela atualização exílica de um documento anterior.

3º Capítulo: A História Deuteronomista do período Assírio ao Período Persa

A História Deuteronomista foi provavelmente o projeto independente de um homem em quem as catástrofes históricas por ele presenciadas insuflaram a curiosidade acerca do sentido daquilo que acontecerá, os deuteronomistas, deveriam, portanto, ser situados entre os altos funcionários de Jerusalém, entre os escribas. Sua tarefa é manter os arquivos e registros dos impostos para as necessidades da corte e da elite urbana. Eles tinham os anais, estavam envolvidos na correspondência diplomática e compilavam as leis. A corporação dos escribas era chamada de autores e também redatores, como observou Noth. Para os escribas palestinenses do séc. VIII ao IV a.C. não se pode fazer nenhuma distinção nítida entre autor e redator.

No 18º ano do reinado de Josias, foi encontrado um rolo no templo de Jerusalém e 2Rs 22-23 explicita bem esse acontecimento. O livro mencionado em 2Rs 22-23, foi identificado como livro do Deuteronômio, pelos padres da Igreja e também por comentadores judeus antigos. Este livro reflete um fato histórico, ao que não está isento de dificuldades, ele é, sobretudo, o “mito fundante” dos deuteronomistas. A narrativa de 2Rs 22-23, foi evidentemente editada em estágios sucessivos, portanto, a finalidade desta redação foi substituir o culto no templo pela leitura do livro.

Dt 12 é uma declaração extensa sobre a centralização do culto, ele insiste diversas vezes no fato de que Javé escolheu para si um único lugar. Os vs. De 13-18 constituem o núcleo ao qual foram depois acrescentados primeiramente os vs. 8-12 e depois os vs. 2-7 e também, dirige-se a proprietários rurais bastante ricos que possuem escravos e gado. Seu autor adota a tradição jerosolimitana da escolha do templo-montanha por parte de Javé e a transforma numa escolha exclusiva, incompatível com qualquer outro santuário. Ele se preocupa principalmente com as conseqüências práticas da lei da centralização e não faz muita insistência em explicar a necessidade da centralização. Já Dt 12, 8-12, faz uma reinterpretação exílica do conceito de centralização, dirige-se a ouvintes que se encontram deportados. Dt 12,2-7 pressupõe a existência do segundo templo, ele não foi escrito para substituir mas para atualizar a afirmação original.

4º Capítulo: Editoração deuteronomista no período Assírio e propaganda real

Noth nunca considerou a possibilidade de uma atividade deuteronomista anterior ao exílio. O livro do Dt é o resultado de um longo processo redacional, indicado pelos seguintes pontos: o livro tem pelo menos dois prólogos e diversas conclusões. A assim chamada Numeruswechsel designa a freqüente alternância entre a segunda pessoa do singular e a segunda pessoa do plural na forma de tratamento e isso serve para determinar as sucessivas etapas do desenvolvimento dentro do Dt. O Dt assemelha-se À conclusão de tratados de vassalagem, que é um traço muito comum no Oriente Próximo desde o segundo milênio a.C. A ideia central é obrigar os vassalos a uma lealdade absoluta ao seu senhor.

O livro de Josué pode ser dividido em duas partes. Há também a sessão narrativa em Js 2-12 que deve ter passado por uma gênese complexa. Josué provém do Norte, da tribo de Efraim. Os relatos de conquista neo-assírios e sua importância para a primeira edição de Josué são bastante comum no antigo Oriente Próximo e desempenham um papel importante na ideologia da corte. Sobre o relato da conquista no tempo de Josias, em Js 6,10, é apresentado três tipos diferentes: 1) a cidade, seus habitantes e posses são aniquilados; 2) a cidade é destruída mas leva-se algum butim; e, 3) o povo resolve render-se e tornam-se vassalo.

O livro dos Juízes é o que tem o menor número de passagens tipicamente deuteronomistas. Segundo Noth, por trás dele está uma coleção de relatos acerca de “salvadores” e israelitas originários do reino do Norte.

Os livros de Samuel estão entre os menos unificados e menos homogêneos no conjunto dos livros dos Profetas Anteriores.

O livro dos Reis e os livros de Samuel, embora estejam estreitamente relacionados nas tradições gregas, pertencem a gêneros literários diferentes. Em Rs há uma cronologia contínua dos reis judaítas e israelitas desde Davi até Sedecias, último rei de Judá.

5º Capítulo: A constituição da História Deuteronomista no período Neobabilônico

O capítulo inicia falando do reinado de Josias ao exílio. O período exílico não corresponde ao período neo-babilônico nem ao fato de que uma parte importante dos deportados ou emigrantes permaneceu na Babilônia e no Egito após 539, apesar da possibilidade de retornar a Judá.

Os grandes acontecimentos de 597 e 587/586 produziram grande crise para a identidade judaíta coletiva: as elites haviam sido separadas de suas fontes de poder; o rei fora deportado; o templo destruído e a unidade geográfica de Judá chegara ao fim. A atitude profética considera a crise como o começo de uma nova era.

Sobre o livro do Deuteronômio, ele funciona em sua edição exílica como introdução à história desde a conquista até a perda da terra. Sua ficção literária como último discurso de Moisés reflete a situação após 597 e 587. Os capítulos iniciais de Dt apresentam-se como uma recapitulação de eventos anteriores ocorridos no deserto desde o êxodo do Egito. Esta construção do passado é reforçada pelas referências aos “pais” ou “ancestrais”, que desempenham um papel extremamente importante para a compreensão da ideologia do Dt.

Em relação ao livro dos Juízes, embora muitos manuais da Bíblia hebraica apresentem o período dos Juízes como uma realidade histórica, este período nada mais é do que uma invenção literária da escola deuteronomista. Os deuteronomistas criaram a introdução em Jz 2, 6-12.14-16.18-19. Além da introdução em Jz 2,6-19*, os deuteronomistas exílicos acrescentaram a história de Otoniel (3,7-11), que é uma rigorosa aplicação do esquema apresentado na introdução. No que se diz respeito à monarquia, a chamada “lei do rei” em Dt 17* não pretende prescrever como escolher o melhor rei. Dt 17,15 ocupa-se com a escolha divina do rei, a proibição de um rei estrangeiro.

Na edição exílica da História Deuteronomista os relatos do reinado de Saul, são concebidos como um prelúdio a ascensão de Davi foi provavelmente complementado por um primeiro esboço da narrativa da corte. 1Rs 11,1-13* revela claramente que na edição exílica da História Deuteronomista apenas dois reis são figuras totalmente positivas: Davi e Josias.

Aías de Silo é o primeiro de uma longa série de profetas que aparecem nos livros dos Rs. Sua atividade emoldura o reinado de Jeroboão.

Nos livros atuais dos RS, quase a metade do texto é dedicado ao aparecimento de profetas. Ele contém histórias proféticas que se aproximam das anedotas: os profetas aparecem como taumaturgos, curadores, mágicos e visionários. Os redatores exílicos de Reis adotaram a avaliação dos reis do Norte que já figurava na edição josiânica. O último rei Oséias “fez o que era mau aos olhos de Javé, mas não como os reis de Israel que foram antes dele” (2Rs 17,2). Os primeiros reis, e especialmente os amridas, são os piores; na História Deuteronomista a maioria deles são alvo de oráculos de aniquilação. Ao contrário da edição josiânica, a edição exílica de Reis já não podia focalizar Israel como contrate para a “reforma” de Judá sob Josias. Por isso o fim de Israel foi apresentado como um prenúncio do fim de Judá. A história do reino judaíta até o fim de Israel oferece uma alternância de reis que são julgados quase positivamente e reis que são considerados tão maus quanto seus colegas do Norte. O fim de Judá só é adiado por causa dos dois reis excepcionais (aos olhos dos deuteronomistas) Ezequias e Josias, cujos reinados são pontos altos do último período da História Deuteronomista.

Entre os reinados de Ezequias e Josias os deuteronomistas retratam dois reis muito maus, Manasses e Amon (2Rs 21*). Depois de Josias seguem quatro reis igualmente maus em cujo reinado Judá finalmente sucumbe. O rei Manasses, pertence à lista deuteronomista dos piores reis. Em contraste com Ezequias, não acrescentam aspectos negativos à apresentação de Josias (2Rs 23*), que continua sendo o rei exemplar. Os quatro últimos reis (Joacaz, Joaquim, Joaquim e Sedecias) estão novamente em gritante contraste com Josias.

6º Capítulo: Editando uma História Deuteronomista durante o período persa

Como não existem alusões ao fim do império babilônico, conclui-se geralmente que a última (ou única) redação deuteronomista ocorreu por volta de 560. o estilo deuteronomista é de fato muito fácil de imitar e pode ser encontrado até em escritos da era cristã. Durante o período babilônico a sede administrativa provincial era Masfa. É bastante claro que a reconstrução do templo e outras atividades edilícias em Jerusalém sob Neemias refletem sua crescente importância durante a primeira parte do período persa. Os judeus que retornaram da Babilônia, talvez até por instigação persa, permaneceram fortemente ligados À sua pátria anterior.

A análise da tríplice edição da lei da centralização de Dt 12 levou à conclusão de que Dt 12, 2-7 representa a última camada. O final de Dt 7 (especialmente v. 21-26) alude aos relatos da conquista do livro de Josué, que agora são entendidos primariamente como relatos de segregação. A ideia de separação está também na base das normas acerca dos animais comestíveis em Dt 14*. No livro de Josué a reelaboração segregacionista é particularmente evidente nos acréscimos feitos ao discurso original de despedida de Josué em 23,4-8.10.12.16.

Com Juha Pakkala, podemos descrever a ideologia deuteronomista durante a dominação assíria e neobabilônica como “monolatria intolerante”. O autor de Dt 4 enfatiza o segundo mandamento do Decálogo, a interdição de estátuas de culto, e lança a ideia de que nenhuma forma de Yhwh foi vista no Horeb. Ele amplia a interdição da representação de Javé transformando-a numa rejeição geral a qualquer representação cúltica. A maioria dos textos deuteronomistas que revelam uma nítida concepção monoteísta estão limitados ao livro do Deuteronômio. Podemos dizer que os editores da História Deuteronomista durante a primeira parte do período persa foram movidos por três grandes preocupações: segregação, monoteísmo e integração dos interesses da golah.

No final da primeira metade do período persa, por voltas de 400 a.C., começou a edição da Torá. Os livros de Esdras e Neemias narram a chegada de Esdras, enviado pelo rei persa da Babilônia para Jerusalém. A escola sacerdotal produziu, durante o período babilônico e o início do período persa, um documento que começava com a criação do mundo (Gn 1) e terminava com a instituição do culto sacrifical (Lv 9). Provavelmente surgiu logo um consenso de que este novo documento deveria restringir-se às origens pré-monárquicas, já que a monarqioa não era uma opção para elites judaicas sob dominação persa. A separação do Dt dos livros seguintes foi realçada pela conclusão, que os redatores do Pentateuco inseriram no final de Dt 34. Os mesmos redatores inseriram também a promessa da terra aos patriarcas em Dt 34,4. quando o Dt foi separado dos livros seguintes, foram acrescentados novos capítulos: as bênçãos de Moisés em Dt 33, que o põem em paralelo com Jacó (Gn 49) e reforçam a coerência estrutural e narrativa do Pentateuco. Houve ainda trabalho de editoração nestes livros, mas não mais numa perspectiva deuteronomista. Os editores pós deuteronomistas reorganizaram também a apresentação deuteronomista da realeza interrompendo a sequencia em 2Sm 20*; 1Rs 1 mediante o acréscimo de 2Sm 21-24.