Educação dos Negros no Brasil

Gonçalves, L. A. O. Negros e Educação no Brasil. In: Lopes. E. M. T. , Faria Filho, L. M. , Veiga, G. G. (org.) . 500 Anos de Educação no Brasil. 3 ed. 1 reimp. Belo Horizonte: Autêntica 2007. P.325-346.

Luiz Alberto Oliveira Gonçalves possui Mestrado em Educação pela Universidade federal de Minas Gerais (1985), Doutorado em Sociologia pela École des Hautes Études en Sciences (1994) e Pós – Doutorado pela Universidade de São Paulo (2006). Atualmente exerce a função de Professor associado da Universidade Federal de Minas Gerais, consultor técnico da fundação de amparo à pesquisa do estado de São Paulo, membro do comitê técnico do programa bolsa da Fundação Carlos Chagas e membro do comitê programático da Fundação Kellogs.

Possui múltiplas experiências na área educacional, com ênfase em fundamentos da Educação, atuando principalmente nos movimentos Negros e Racistas.

Em sua obra, mostra que os negros não podiam ser escolarizados no contexto social apresentado, sendo a visão do catolicismo era puramente em forma de alienação e dominação do Ser Humano. Onde Evangelização negra deu-se, através das iniciativas particulares dos abolicionistas da época, os quais tentaram inserir o negro como cidadão capaz de tomar atitudes de valor por si próprio.

A posição do Clero perante os negros era sólida e ideológica, com fins de conquista da alma dos chamados “cativos”, opondo-se muitas vezes de uma forma muito rústica com as legislações impostas na época.

Já a criação das Irmandades no Brasil teve objetivos diferentes a de outros Países – como nos Estados Unidos – com o intuito de preservação da Cultura Negra e Africana, do que educacional visão assistencialista à população que era apresenta até então.

O Movimento Negro no Brasil, de forma ascendente, cria suas organizações de luta no mesmo período em que a classe operária amplia suas ações, assim a educação toma importância significativa no desenvolvimento da Sociedade Negra Brasileira.

Sua obra está voltada a Educação dos Negros Brasileiros em meados do século XVIII, contrapondo-se à acontecimentos ocorridos nos Estados Unidos, através de comparações Culturais e Sociais existentes na época.

A abordagem da Educação Negra no Brasil deu-se através do Catolicismo – onde a Educação e vista como estratégia capaz de equiparar os negros aos brancos, como veículo de ascensão social ou mesmo como instrumento de conscientização moral e intelectual. Trabalha com uma abordagem objetiva, através dos acontecimentos que se tornaram históricos para o movimento Negro no Brasil.

Seu foco nesta obra é o aprofundamento dos conhecimentos sobre a organização negra no século XVIII, por parte de estudantes e especialistas dos curós de Educação.

Gonçalves conclui sua idéia ao final do capítulo, consolidando a trajetória Social Negra Brasileira, à luz das novas perspectivas educacionais. Assim, contribuindo com a mudança da visão do Negro na Sociedade Brasileira, em sua escolarização e evangelização como pessoas capazes de transmitir conhecimentos a seus descendentes.

Suas idéias partem da análise do contexto onde os negros eram situados no Brasil até o presente estudo.

Seus conhecimentos são avançados para época em que a obra está contextualizada, trazendo à área educacional uma visão diferente sobre a relevância de educar a população negra até então vista como desnecessária.

Seus traços são objetivos ao retratar os Negros e a Sociedade Brasileira, trazendo precisão e coerência para as mudanças Educacionais e Sociais.

Os acontecimentos são organizados sistematicamente, uma vez que sua contextualização dá aos passos do desenvolvimento Educacional e Social da época.

Focado em pesquisas, sua obra volta-se aos estudantes das diversas áreas de licenciatura e assistencialismo ao social, ainda aos especialistas da área Educacional.