Percy Jackson – Rick Riordan (e outros juvenis)

Mais um infanto-juvenil que corre para Hollywood.

É claro que a telona detonou o texto original, transformando uma perseguição, a um jovem semi-deus de 12 anos, em uma gincana de marmanjos.

Riordan desencavou mais um trio, estilo Harry Potter, só que trocou o poder dos magos pelo dos semi-deuses. O trio em questão é formado por um filho do deus do mar, Poseidon, uma filha da deusa da sabedoria, Athenas e um jovem sátiro.

Voldemort, é claro que tem que ter um, é o pai dos deuses do Olimpo, Cronos.

Entre o ressuscitar e o retorno de Cronos às profundezas, acompanhamos em 5 volumes, as aventuras de um herói muito menos modesto que o HP, pois a JK Rowling nunca tirou o HP da sombra da Granger.

Anabeth, a filha da sabedoria, deixa as rédeas um pouco mais frouxas e se sai melhor que a Hermione.

É uma saga que revisa a mitologia grega, sem a finesse da JK Rowling. No entanto Riordan deu dimensões de herói ao herói, talvez tenha ido um pouco além, mas... A montanha rugir e vomitar mais que as tripas é mais divertido que parir um rato.

Considero exagero um pré-adolescente semi-deus enfrentar o deus da guerra, e outros, e se sair bem. Ousadia. Os adolescentes gostam disso.

Ousou, também, Jean Angelles em seu Jack Farrell, onde o trio de heróis juvenis templários, viajam no tempo para enfrentar os assassinos dos desertos do oriente ou a serpente emplumada das Américas. Os seus templários não têm o mesmo fascínio que os filhos do Olimpo ou o encanto dos Magos, mas cumprem os seus papéis à altura de suas aventuras, o que faltou ao HP.

Tivesse, a JK, deixado os poderes do Harry se emanciparem, fazendo um final épico, fora das asas da Hermione, teríamos uma expectativa bem maior para o lançamento do final da história na telona.

Percy Jackson não é uma trama melhor que Harry Potter, porém tem um final mais condizente com um herói.

Eloy Fonseca
Enviado por Eloy Fonseca em 30/06/2010
Código do texto: T2351048
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