A Importancia do ato de ler

O livro “A importância do ato de ler” de Paulo freire, que é o autor, fala sobre as formas de compreender as letras, formando palavras, fazendo frases e por fim textos. Através da leitura da palavra que não é apenas precedida pela leitura do mundo, mas pela forma de escrever e de reescrever, quer dizer transformar, criar de acordo com a consciência.

O autor lembra de sua vida no campo, com todos os detalhes e cores e compara com as palavras, textos e letras. Ele tenta retomar a infância distante, com os acontecimentos ao longo de sua vida, buscando compreensão do seu ato de ler, o seu mundo particular de forma que melhor entendia e percebia a leitura, do mundo, os seus temores iam diminuindo.

A medida que o seu mundo ia se decifrando, a leitura acontecia normalmente, não tinha que memorizar mecanicamente a descrição do objeto, mas apreender a sua significação profunda, por isso é que a leitura de um texto, tomado como pura descrição de um objeto é feita no sentido de memoriza-la.

O autor tenta explicar, como nele essa importância vem sendo destacada. A alfabetização é a criação ou a montagem da expressão escrita e da expressão oral, com isso o educador não fica preso ao papel e pode fazer suas criações. Para o autor a representação da realidade de poder trazer a linguagem popular para a alfabetização seria uma forma mais fácil de memorização. Exemplo: Se um pedreiro trabalha com tijolo para construção, com essa palavra tijolo é bem mais fácil a memorização, pois ele já convive com ela.

A educação e a política são inseparáveis. Não é possível pensar sequer na educação sem que pense a questão do poder. A educação não é possível compreender como uma prática autônoma, mas por outro lado dominante e como política sermos coerentes com ela na prática.

Educador e educadora, significa reconhecer nos outros o direito de dizer a sua palavra não importando analfabeto ou universitário. Direito de falar o que corresponde o nosso o nosso dever de escuta-los.

Assumir a ingenuidade dos educandos demanda de nós a humildade necessária para assumir também a sua criticidade. Só educadores autoritários negam a solidariedade entre o ato de educar e o de serem educados pelos educandos, assim são tidos como quem nada sabe.

O autor adota que os educandos devem ter direito de se expressar através da palavra com palestras, trabalhos extra classe para que haja compreensão mais profunda do assunto. O autor luta pela alfabetização dos adultos em São Tomé e Príncipe, pelas injustiças, pois quase no fim do século ainda existe adultos analfabetos e crianças impedidas de estudar.

“Um governo para quem a “leitura” do concreto, o desnivelamento do mundo não são um direto, do povo, que, por isso mesmo, deve ficar reduzido a leitura mecânica da palavra”

Paulo aponta a importância do alfabetizado um reflexo crítico sobre o concreto, sobre a realidade nacional, sobre o momento presente, para que estes possam reconstruir desafios e responder suas dificuldades e não serem manipulados pelo poder “ Fazer história é estar presente nela e não simplesmente nela ser representada” Pois quanto mais o povo consciente da sua história, mais o povo perceberá as dificuldades que tem a enfrentar, no domínio econômico, social e cultural, para sua libertação.

Paulo Freire vê a leitura uma maneira da pessoa ser informada e ficar capacitada para mudar sua vida e de sua sociedade, participando na leitura da história deixando assim de ser somente representado.

Isto é um desafio histórico entre o período atual de transição que coloca de um lado o povo de São Tomé e Príncipe, e, de outro lado, sua liderança, ou seja, o poder. Hoje considerado uma político-pedagógica é a mobilização e a organização popular participatório o comum acontecer é uma alfabetização de adultos. Em lugar de propor a discussão da realidade nacional e de sua dificuldade, em lugar de colocar o problema de participação política do povo reinvenção da sua sociedade, a educação gira em volta dos ba-be-bi-bo-bu, junta com falsos discursos do país, mas em São Tomé pelo contrário o que vem acontecendo é a educação desoculta e não a que esconde em função do governo.

Ainda na alfabetização o que se pretende não é ima compreensão profunda da realidade, mas desenvolver uma posição da capacidade crítica dos alfabetizandos como sujeitos do conhecimento.

Nem tudo é fácil esse trabalho foi desenvolvido, num pais pobre, pequeno, recém independente de colônia seu povo vivendo ainda da lavoura como produto cacau.

Na 2ª parte Paulo Freire, trabalhou com um caderno de exercícios e caderno de cultura popular, praticando a leitura e a escrita, aonde os alunos aprenderam a ler e escrever ao mesmo tempo discutiram assuntos de interesse do seu povo. não aprenderam a ler decorando, memorizando o ba-be-bi-bo-bu para depois repetir novamente.

Trabalhar com esses analfabetos impondo questões do seu dia-a-dia foi mais fácil a compreensão do significado das palavras, presenteando as dificuldades do campo, de ser colônia, assim o povo trabalhando com o que tens na mão ele associa alguma palavra, uma frase, um texto.

Conclusão

Esse livro “ A importância do ato de ler” leva-nos a compreensão da prática democrática e crítica da leitura do mundo e da palavra, onde a leitura não deve ser memorizada mecanicamente, mas ser desafiadora que nos ajude a pensar e analisar a realidade em que vivemos. “É preciso que quem sabe, saiba sobre tudo que ninguém sabe tudo e que ninguém tudo ignora”

O pensamento de Paulo é surpreendente pois por ser estudado ele quis ser solidadario e alfabetizar pessoas que estavam praticamente abandonadas por todos e até pela política. Paulo viu naquela sociedade uma forma de expressar todo seu conhecimento e foi muito mais além, em impor que a política participasse desse processo, pois fez com que o governo ajudasse na alfabetização da população de São Tomé e Príncipe.

Paulo fez com que aquela população visse na leitura uma maneira do povo participar dos acontecimentos do mundo, fazendo com que o povo aprendesse com os objetos que já tinham, assim incentivando a leitura e cultivando a cultura popular, o que se quer é a afetiva participação do povo enquanto sujeito na construção do país, pois quanto mais consciente o povo faça sua história, tanto mais que o povo perceberá, com lucidez as dificuldades que tem a enfrentar, no domínio econômico, social e cultural, no processo permanente de sua libertação

neves
Enviado por neves em 26/09/2006
Código do texto: T249777