Livro: "Carrie, a estranha" de Stephen king. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.


      Livro escrito em 1974, quase teve seu manuscrito original descartado pelo próprio autor quando ainda desconhecido. Em um momento de fraqueza e desânimo frente a dificuldades financeiras, King, após ter concluído o manuscrito, jogou-o no lixo. Não fosse por sua esposa que o retirou do lixo o livro nunca teria sido publicado. 

      Não classifico esta estória como de terror, acho muito mais uma ficção do tipo Arquivo X. A protagonista é Carrie, uma garota que sofre de bullying (termo não empregado no livro talvez por não ter sido ainda criado na época) escolar por ser diferente das demais. Criada por uma mãe fanática religiosa, Carrie é discriminada na escola por usar roupas estranhas e ter um comportamento considerado anormal pelos colegas da mesma idade. Mas Carrie, de fato, não é uma garota normal — ela tem o dom da telecinesia, capacidade de mover objetos apenas com a força da mente. Essa sua força obscura permaneceu latente por quase toda a sua infância vindo a eclodir somente em sua adolescência.

      Os temas que o livro toca: fanatismo religioso, bullying, telecinesia e vingança. A sua narrativa é peculiar. A estória é contada com várias interrupções de trechos de documentos, relatórios e livros sobre o terrível caso que aconteceu no baile de formatura de Carrie. Esta estratégia de narrativa tenta dar maior veracidade a estória o que, até certo ponto, consegue.

      Além deste livro já havia lido também Misery, em inglês, que gostei mais. A minha conclusão é que sempre vale a pena gastar um tempo lendo as estórias de King. Quando pintar de novo uma vontade de ler estórias de terror, suspense doentio ou paranormalidade, recorrerei ao autor. 

 
Abril de 2011

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