O velho e o mar - Ernest Hemingway

ILTON JOSÉ DA SILVA 19588

Curso: Letras

NORTH AMERICAN LITERATURE

THE OLD MAN AND THE SEA

FACULDADE DON DOMÊNICO

GUARUJÁ-SP

2011

Breve biografia acerca de Ernest Hemingway:

Nascido em 1899, em Oak Park, illinois (USA).

Filho de médico, cresceu em um ambiente pobre e rude, ele descreveu este tipo de vida em seu livro, In our time.

Foi gravemente ferido na frente de batalha italiana quando fazia reportagem.

Depois de se recuperar, tornou-se correspondente em Paris. Em 1926, publica O Sol também se levanta, obra de grande sucesso.

Publicou outras obras magistrais, como:

• Adeus às armas;

• Morte à tarde;

• As ilhas da corrente;

• O velho e o mar, entre outras.

O velho e o mar foi inspirado em suas experiências como pescador em Cuba. Este lhe rendeu o prêmio Politzer.

Hemingway ganhou o prêmio Nobel de Literatura em 1954.

Ele seguindo o caminho do pai suicidou-se em sua casa em 1961, em Idaho (USA), com 61 anos de idade.

Foi sepultado em ketchum, Idaho.

Neste ano completaria 112 anos de idade.

Sua leitura é obrigatória nas escolas norte americanas.

Algumas notas de interesse sobre propriedade de Ernest Hemingway:

1) Hemingway tinha uma carteira de ações impressionante no momento da sua morte, com participações em 36 empresas, incluindo a Eastman Kodak, a General Motors, Bethlehem Steel, The American Telephone and Telegraph Company, e Gimbels.

2) Ao estimar os ganhos futuros da obra literária de Hemingway, Charles Scribner Jr. escreveu: "as vendas de um autor falecido, até mesmo um dos renome mundial, o declínio significativamente nos anos seguintes a sua morte." Houve declínio pouco no caso de Hemingway. Em 1983, The New York Times relatou que as vendas dos EUA de livros de Hemingway "total quase 750 mil cópias por ano, por cerca de 25 por cento nos últimos anos." Hoje, esse número está muito além da marca de um milhão.

O velho e o mar – Ernest Hemingway

Uma história de luta e superação de um velho pescador, Santiago, que luta para provar que apesar de seu declínio físico é capaz de singrar os mares para obter uma boa pesca e a dignidade que lhe foi tirada por considerá-lo azarado.

Santiago é taxado de azarado por não ser um pescador de grandes feitos, assim, um dos raros contatos que possui é o garoto Manolin, que o admira bastante e o único a acreditar no seu potencial e experiência.

Haja vista que para ser um bom pescador seria necessário ter a juventude perdida há muito tempo.

Isto também ocorre em nossa sociedade em que a experiência dos mais velhos é jogada na lata do lixo. Mas Santiago não desiste e vai ao mar na convicção que obterá a maior vitória de sua vida. Com sua experiência de velho lobo do mar, ele leva consigo Manolin, que o acompanha durante 40 dias, mas seus pais o mudam de barco, pois dizem que Santiago é muito azarado.

Manolin se entristece, pois Santiago o havia ensinado a pescar e com isso ele ganhava algum dinheiro, mas tem de obedecer, porque é ainda um garoto.

Santiago ruma mar adentro e durante muitos dias não consegue pescar nada de “importante”.

Mas em um determinado momento ele sente uma fisgada na linha e se alegra enormemente.

Ele pescou algo grande, isto é demonstrado por meio de seus monólogos que tem com o peixe. Mas não desistirá, nem que tenha de dar sua vida por ele, afinal, que vale voltar a terra de mãos vazias, isto seria demais para o velho Santiago.

O velho luta com o peixe com todas as suas forças e deseja a todo o momento que o garoto estivesse com ele para ajudá-lo.

Ele diz:

“Pessoas da minha idade nunca deviam estar sozinhas”, pensou ele. “Mas é inevitável (...)” p. 51

Mas em contrapartida o velho possuía muita confiança em si e não desistiria da sua pesca, o que significaria o respeito quando chegasse à vila.

Ele não desistia, Lutava com o peixe mesmo estando muito cansado e com as costas bastante doloridas, as mãos sangrando e a mente confusa.

O peixe veio à tona e Santiago parecia não acreditar no que via, era muito grande, maior que sua canoa.

Ele recorre à fé para conseguir sucesso na pescaria, ele diz:

“Não tenho grande religião, (...) Mas direi dez Padres-Nossos e dez Ave-Marias se pescar este peixe (...)” p. 68

Ele divaga pensando nas ligas principais, nos Yankees e no grande DiMaggio que fazia tudo perfeitamente bem. Pensava se DiMaggio agüentaria com aquele peixe.

Ele conversava com o peixe e o respeitava muito, tinha até o cuidado de não incomodá-lo.

“(...) Ninguém é merecedor de comê-lo, tão grande são a sua dignidade e maneira de agir.” p. 80

Mostrando assim, que o peixe era apenas sua sobrevivência e o respeito que resgataria junto aos seus amigos.

“Preciso evitar que a dor dele aumente”, pensou o velho. “A minha não faz mal. A minha eu posso suportar. Mas a dele pode enlouquecê-lo.” p. 92

Enfatizando, assim, o respeito pelo peixe.

Mas aquele respeito não significava deixar de pescá-lo, e sim, um sentimento de respeito por aquele que seria a sua redenção. Então o velho ergueu seu arpão e o cravou no peixe, vencendo-o, mas não seria fácil chegar à praia.

Nova luta, agora para conservar a dignidade do peixe que era atacado por inúmeros tubarões, mas o velho não o abandonou e enfrentava os tubarões de todas as formas possíveis, um a um o velho ia vencendo sem medo e com muita habilidade, mesmo quando já havia perdido suas “armas”, assim lutou incansavelmente até vencer a todos.

Mas a sua vitória contra os tubarões não lhe garantiu salvar o seu peixe, pois ele foi completamente mutilado.

Ele diz:

“Tenho pena de ter matado o peixe (...)” p.109

Demonstrando que não odiava o peixe, e sim sua situação de pescador potencialmente derrotado.

“(...) Amava o peixe quando estava vivo, afinal ainda o ama morto (...)” p.111

O velho chegou ao porto com as luzes todas apagadas, pois estavam todos dormindo.

Pela manhã os pescadores estavam todos admirados com o tamanho do “peixe” que o velho havia pescado, ele media 5,50m.

O garoto acompanhava o velho e lhe deu café assim que ele acordou.

O velho diz que está tudo acabado, pois o peixe o venceu, mas Manolin diz que não e o velho concorda e diz que foi vencido pelos tubarões.

O velho dormia e o garoto o observava.

“O velho sonhava com os leões”. p. 132

Esta obra mostra muito mais que a simples vida de um pescador, e sim a paciência, sabedoria, perseverança, fé em si mesmo, únicos ingredientes que poderiam levá-lo à vitória.

Nesta obra o mais importante é notar o processo desenvolvido pelo personagem. Santiago buscava sua autoestima e dignidade de volta, explorando assim o limite e a capacidade do ser humano.

Referência bibliográfica:

HEMINGWAY, Ernest. O velho e o mar. 31ª ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira. 1989.

<< revistaliter.dominiotemporario.com >> acessado em 04/09/2011

<< educacao.uol.com.br/biografias >> acessado em 04/09/2011

Ilton J S
Enviado por Ilton J S em 17/09/2011
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