Foi com muita alegria que participei do Livro Grimpas do Sul do Poeta e Escritor Afonso Martini. Na contracapa ganhei um presente quando publicou o meu depoimento:
Afonso,
toda caminhada de muitos quilômetros, inicia-se com o primeiro passo. Assim somos nós no caminho das letras. Começamos com uma letrinha e vamos alçando voos e conquistando as nuvens através da imaginação.
Escrevendo grandes sonhos e doces ilusões, alegrias e frustrações.
Parabéns pelo belo vôo poético através dos sonetos.
Grande abraço.

Eliane Auer


Ao abrir o livro, além dos depoimentos dos comentaristas compondo a obra também as fotos que acompanham no Recanto! Realmente algo valioso e ímpar!
Descobri mais um presente dentro do livro: um belíssimo soneto!
 
Viagem dos sonhos
(para Eliane)
Numa nau dos sonhos,vem,viaja comigo;
Nuvens à vista!Desçamos fazer canteiros.
Com estrelas enfeitaremos outeiros.
Por certo encontraremos súditos amigos.
Num mar de estrelas velejaremos primeiro
Conhecer o infinito iluminado e antigo;
Numa galáxia fotografa-me contigo,
Felizes, a bombordo do nosso veleiro.
Os astros por presente, com fitas e laços;
Co’os anéis de Netuno vou coroar-te
Rainha suprema do infindável espaço.
Colho mais estrelas e iremos a Marte
Empós coroada no trono do teu paço,
Tudo isso pela ventura augusta de amar-te.

Afonso Martini.
p. 82 do Livro Grimpas do Sul

 Meu carinho ...Eliane Auer






Resenha do Livro Grimpas do Sul

Título: Sonetos de Ligório – GRIMPAS DO SUL
Gênero: POESIA (sonetos)
Edição: 2011
1ª edição
Editora: Estampa Editora Gráfica Ltda.
 
Numa pesquisa sumária feita na internet descobri que este livro de sonetos é inédito (?). Não porque outros poetas não tenham editado sonetos, mas, porque neste livro, vem o soneto acompanhado do comentário do  próprio leitor, que também  é poeta. Os comentários foram colhidos na página do Recanto das Letras, onde hoje tenho 598 sonetos postados.
Minha poesia traduz o meu estado de alma como se encontra no momento da criação. Minha verve é fluente, de estilo fortemente lírico, embora não siga escola nem regra, nem esquema e nem cantar melodioso, esquematizado por regras. Criei minha própria escola, com versos, embora métricos e rimados, ganham harmonia no meu próprio estilo para dar vazão ao estro lírico, por vezes suave, romântico e, outras, agressivo ou de triste versejar coloquial.
 
SINA DE ADOBE
E eis-te reclinada sobre missal de fada
soçobrante em líquens madurados no espaço
turmalinas verde/esmeralda no teu paço
enfeitam quimeras que abrandam o calor
 
Longe, muito distante, sobre trilhos de aço
a sina enganosa traz a boca calada
masturbas a mente porque estás afastada
ah! quem diz que o mal  da alma no corpo é indolor!
 
Rudes golpes te afastam da felicidade
Isso se explica, teu destino ainda está preso
surrado, sitiado por tanta maldade
 
Sofres de angústias tantas, embora indefesa
sentes calores que envolvem a castidade
saiba, entanto, que sorverás méis de surpresa.
 
Não sou muito dado a “Maria vai com as outras” e resolvi criar o meu próprio soneto, que não é florido com o estilo/acabamento/palavras poéticas divamente escolhidas dos grandes clássicos de dantes, conservando uma inteligibilidade mais concreta. E assim apresento minha poesia/soneto/poema/arte, esperando que o complacente e douto público leitor, amante da boa arte da poesia, consagre meus singelos versinhos.
Como dizia acima, este compêndio de textos poéticos é um exercício único já praticado e, por isso, inédito em sua forma de apresentação. Todos os sonetos foram editados no Recanto das Letras, lidos pelos amantes da literatura, que por sua vez, também têm seus trabalhos postados no mesmo site. O trabalho de copiar todos  os comentários, acompanhados das respectivas imagens (fotos) dos leitores, depois colá-los e editá-los foi imenso. Lógico que tornou-se de maior responsabilidade ainda, pelo fato de ser necessário a devida autorização dos co-autores para o uso de imagem. Mas tudo foi feito e com muito cuidado e prazer.   Nada aconteceu à revelia dos queridos irmãos e irmãs de arte, para que nada houvesse para que tal obra fosse passível de embargo. Os prezados amigos, a quem prometi enviar um exemplar,e ainda não o fiz, é porque o tempo é curto (mesmo para uma aposentado que é poeta rsrsrsrs) e, muito embora não seja tão grande despesa, o dinheiro dos aposentados também é curto. Mas todos, absolutamente todos receberão seu GRIMPAS DO SUL.
Sua leitura é um lazer conjugado, na sombra, à rede amarrada numa árvore; à cadeira de balanço do vovô ou da vovó; à espera indesejável num consultório médico ou, em plena natureza, à toalha estendida num belo e refrescante gramado, na sombra de frondosas árvores.
Só me resta desejar-lhes, caros leitores, uma leitura excitante e prazerosa, degustando os amores soltos ou truncados, que este livro lhes oferece.
Chapecó, 07 de dezembro de 2011.
 
Afonso Martini - Autor
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