Gruspun H. (1999). Crianças e Adolescentes com Transtornos Psicológicos e do Desenvolvimento. São Paulo. Atheneu.

RESENHA

PSICOPATOLOGIA INFANTIL

Gruspun H. (1999). Crianças e Adolescentes com Transtornos Psicológicos e do Desenvolvimento. São Paulo. Atheneu.

Machado, Abilio . Agosto/2011

Os casos apresentados parecem queixas ainda presentes na nossa sociedade, das atitudes comportamentais das crianças, o processo de diagnóstico que o capítulo vem mostrar sobre os distúrbios quanto a sua classificação, epidemiologia, causa de risco, prognósticos e tratamentos e neste livro é o objetivo a transmissão dos conhecimentos a este processo de diagnóstico, da classificação, saber avaliar e delinear os tratamentos e prevenções aos transtornos do desenvolvimento psicológico, emocional, social, psiquiátrico e mental em que crianças e adolescentes.

Os sintomas apresentam sinais em quatro áreas: emocional, de conduta, relacionamento e desenvolvimento. Sendo: os emocionais como medo e ansiedade. E os de conduta apresentando um quadro anti-social aparecem sendo mais graves, assim comparado com os sintomas dos adultos, sendo comportamento desafiante; agressivo e ameaçador; anti-social cometendo delitos como furto, roubo, atos de violência em grupo, incendiário e abuso de drogas. Sintomas do chamado círculo de delinqüência juvenil.

O psicológico e mental apresentam áreas de relevância como regularização da motricidade e da atenção; fala e linguagem, jogos; controle esfincteriano; habilidades escolares; especialmente as de leitura, de escrita, de matemática e inclusive as artísticas. O processo de desenvolvimento cerebral é uma comunicação entre os genes e meio ambiente, pode ser corrompido causando distúrbios, quebra da corrente causando déficits estas causas podem ser do indivíduo ou serem causadas como adversidades no microambiente de formação, resultado de toxinas drogas, infecções, estresse, problemas sociais que trazem variáveis como nutrição, abuso de drogas.

A extensão, o tempo, localização e a natureza darão efeitos desde lesões leves até lesões graves e irreversíveis, pode ocorrer compensação, que é quando o cérebro recria outros caminhos para cumprir a função desejada.

Os sintomas emocionais podem ser avaliados através de testes aplicados diretamente à criança e adolescente, como testes de inteligência e de aptidões, e antes nos pais também.

Quanto às dificuldades de relacionamento os seus sinais podem surgir desde a amais tenra idade, e traz em alguns casos o problema estaria propriamente nela ou em quem ela se relaciona.

Na classificação é usado o CID 10 e DSM IV que classificam segundo a sintomatologia e incluem o prejuízo social, vida familiar, escola e aprendizado, amizades em jogos e esportes; o sofrimento da criança bem como a ameaça que pode causar. Enquanto a CID 09 no DSM III não incluem o relacionamento e o ambiente ao paciente, ficando restrito apenas à psiquiatria.

A epidemiologia pode ocorrer em áreas de risco onde a ação da doença poderá atingir um número maior de crianças, tendo ou não prevalência que dependerá de aspectos ligados à cultura e ao gênero. Há de ser criterioso sobre os fatores de risco que influenciarão o diagnóstico em sua combinação de sintomas que seguem três fatores: predisponentes, desencadeantes e perpetuadores, e também a ausência de protetores. Os pacientes em grande parte apresentam vários sintomas que o ligam a vários transtornos.

Na etiologia para verificar se a causa é genética o uso de alguns exames laboratoriais são os únicos métodos preventivos e avaliativos para incluir ou excluir o indivíduo. A classificação é mais para comunicação entre os profissionais, sobre os eixos para diagnostico desde o transtorno depressivo decorrente, como episódio atual leve, somático e o psicossomático.

Na CID 10 a classificação é específica, mas também se usa a letra F:

.Transtornos do desenvolvimento Psicológico: F80 a F89.

Transtornos emocionais e de comportamento com início usualmente ocorrendo na infância e adolescência: F90 a F98.

E o Retardo mental: F70 a F77.

Os não específicos:

Transtornos de humor afetivos: F30 a F39.

Transtornos neuróticos relacionados ao estresse e somatoformes: F40 a F48. Esquizofrenia: F20.

Transtornos não orgânicos do sono: F51.

O tratamento é uma carga de expectativas desde o diagnóstico e, agora o tratamento. As medidas terapêuticas com medicação ou com terapia psicológica podem ser separadas ou unidas para dar resultado, aplicadas por profissionais habilitados.

O manejo correto da medicação e da dieta tem intenções fundamentais para auxiliar das terapias como: psicoterapia de grupo, psicoterapia individual, psicanálise, psicodrama, terapia comportamental, terapia cognitiva, terapia cognitivo-comportamental, terapia interpessoal, terapia familiar e terapia institucional (hospital dia). A dieta é necessária devido à ação de alguns elementos nutricionais que podem interferir ou alterar a ação medicamentosa.