Elementos da Narrativa – Auto do Busão do Inferno
Autor: Álvaro Cardoso Gomes;
Obra: Auto do Busão do Inferno;
Enredo: Sendo admitida no colégio São Gonçalo, mesmo em meio a professores frustrados com a profissão e tendo de encarar a indisciplina dos alunos, Lola encontra no 1º A e, em particular, no rebelde aluno Tato, uma oportunidade para colocar em prática seu idealismo, sua paixão pela literatura e sua crença na educação. Para tanto, resolve trabalhar com a peça teatral Auto da barca do inferno, de Gil Vicente, em sala de aula. Os alunos, a princípio desinteressados, à medida que vão conhecendo a obra literária portuguesa e a professora, vão se encantando por ambas. Aliás, assim como Lola vai se envolvendo mais e mais com os alunos, a ponto de intervir numa encrenca em que Tato se meteu: fora pego fumando maconha no banheiro da escola. Lola consegue resolver a difícil situação e ainda chega à raiz dos problemas do adolescente: a difícil relação com os pais. Ao final da trama, após análise da obra portuguesa e a percepção, pelos alunos, da atualidade dos temas tratados por Gil Vicente e do quão interessante e envolvente a peça ainda é, Lola é presenteada por Tato e sua turma com uma adaptação do auto, uma paródia bem-humorada intitulada Auto do Busão do inferno, em que criticam tipos sociais do nosso tempo. Tato também homenageia seus pais. E o livro acaba como a nossa imaginação quiser.
Desfecho: A platéia ficou parcialmente cheia. Jaime, o pai de Tato foi assisti-lo. O trabalho foi apresentado e todos aplaudiram com muita intensidade. Tato fez homenagens: a sua professora Lola e a seus pais.
O livro acaba com a seguinte frase: E, com isso, caros leitores e caras leitoras, deixo também cair o pano desta história que vim contando ate aqui. O que irá acontecer com nossos heróis? Bem, eu pediria que cada um de vocês pusesse a imaginação a trabalhar, pensando no melhor futuro para nossas personagens.
Verossimilhança: Separação dos pais; Rebeldia dos adolescentes. Papel do educador em ajudar os alunos.
Personagens principais:
• Professora Lola – Lólis (23 anos, baixinha, cabelos pretos e curtos, olhos castanhos de longas pestanas, corpo miúdo e bem-feito. Era bastante tímida, mas muito inteligente e bonita). Apelidada de Chaveirinho, Pintora de Rodapé e Anã Gigante;
• Luís Aberto – Tato ou Poste (garoto moreno, bastante alto, com ar um pouco insolente, era o ‘líder’ da sala. Se sentia solitário e sozinho por causa da separação de seus pais.)
Personagens secundários:
• Neide – professora de biologia (corpo de miss e era muito magra – Barbie do Paraguai);
• Décio – professor de matemática (homem muito gordo – Mamute, Elefante, Rolha de Poço);
• Oscar – professor de química (era carioca, falava arrastando os erres e os esses – Zé Carioca);
• Seu Armando ou Tio Armando – inspetor (tratava os alunos como se fossem seus filhos);
• João Carlos - professor de Física (alto, de olhos esbugalhados – Sapão);
• Dona Eliane – professora de Lola;
• Dona Matilde – diretora da escola Ensinar Aprendendo;
• Wander – Coruja ou The dark side of the moon (garoto magra, usava óculos com grossa lentes de grau, cara cheia de espinhas e marcas de varíola);
• Henry – He-Man (garoto muito forte de cabelos compridos);
• Soraya – Ema (Emo – descrição na página 27);
• Dona Lúcia – antiga professora de português;
• Arthur – Tuco (namorado de Lola);
• Jaime – pai de Tato (dava mais atenção ao trabalho que seu filho, era egoísta);
• Débora – mãe de Tato (insegura);
• Sandra – Japa Girl;
• Regina – Fofinha (loirinha, meio gordinha, olhos azuis);
• Lucas – Scooby (por causa do tamanho e da voz, que lembrava a da personagem animado);
• Renata – Mortícia (pálida e tinhas cabelos muito pretos);
• Cebolinha (garoto que trocava os erres pelo ele, como a personagem da revista de quadrinhos);
Espaço: Escola São Gonçalo, casa de Tato, casa de Lola, auditório da escola, diretoria, sala de aula.
Tempo: Cronológico.
Narrador: Observador, 3ª pessoa.
Curiosidades:
• Uma das primeiras experiências de Lola foi trabalhar na escola Ensinar Aprendendo;
• Redondilhas Maiores: Estrofes de 8 versos e, quase sempre, versos de sete sílabas.