Resenha do livro da disciplina de Estágio Curricular Supervisionado II

O livro trata da formação do professor e começa a sua introdução com uma explanação do quão importante é que o professor seja um professor pesquisador. Fala também da importância que há em que as instituições se conscientizem de que se faz necessário que se formem professores-pesquisadores, que saibam fazer uso dos instrumentos tecnológicos e das tecnologias para este fim.

Depois da introdução temos a sua primeira parte que trata da prática deste professor de língua materna visando o desenvolvimento de sua competência comunicativa falando das concepções de leitura, escrita e ensino por se tratar de algo que não só tem categorias linguísticas mas, psicológicas e sociais. Ele fala ainda que psicologicamente a linguagem é vista como forma de conhecimento ou de cognição, e que sociologicamente essa linguagem assume o papel de instrumento de ação social, de interação do sujeito com o meio e que isto se dá tanto no modo da linguagem oral quanto no modo da linguagem escrita, pois esse sujeito busca vários tipos de conhecimentos para interagir com outros sujeitos em determinados contextos sociais, por isso afirma que a produção e compreensão textual envolvem fenômenos linguísticos e sociocognitivos.

Ele ainda faz citação de Meurer (1997) para afirmar que discurso é o conjunto de afirmações que, articuladas através da linguagem, expressam os valores e significados das diferentes instituições; e que texto é a realização linguística na qual se manifesta o discurso. Ainda sobre este assunto ele cita Bakhtin (2003) que diz não existir texto sem discurso, tampouco discurso sem texto.

Em outra citação que faz sobre Bakhtin ele diz que a construção dos textos não se dá apenas através do uso da língua, mas a partir de outros textos internalizados existentes anteriormente. Para confirmar o que diz acrescenta que toda forma de atuação da linguagem via atividade humana baseia-se na natureza do enunciado e na concepção de gêneros textuais. Logo para se produzir um texto o sujeito busca em sua produção uma adequação ao discurso institucionalizado da comunidade em que circunda. Isso acarretará numa intertextualidade como é definida assim por Marcuschi (apoud Koch, 2009) quando explica que isso é um fenômeno que ocorre quando um escritor produz um gênero num formato diferente do que é esperado, dependendo do propósito que tem em mente.

O autor acredita que é por meio do despertar das habilidades de fala, escuta leitura e escrita que contribuiremos efetivamente para a competência comunicativa. Ele ainda fala que o estudo da língua(gem) deve se voltar a uma consciência necessária que é por meio da apropriação dos saberes sobre gêneros textuais, visão de mundo que nos tornamos indivíduos plenos no combate às desigualdades sociais e também na assunção de cada um. Ele defende também que o ensino de línguas deverá se voltar, seguramente, ao estudo do texto como unidade de sentido, que se percebe o discurso subjacente a essa superfície linguística; citando ainda a importância do respeito quanto aos “diferente” falantes presentes em nossas salas de aula, sendo assim haverá eficiência na atuação do discente quanto à formação de sujeitos mais competentes linguisticamente, cuja atuação social será mais profícua diz ele.