Steve Heslin - Capítulo 16
Entramos na salinha de livros, com Will ainda totalmente concentrado na estante onde o vimos a alguns minutos, pude perceber que se tratava da sala de livros clássicos, o que praticamente deixava claro que Lya adorava livros clássicos.
-O que vocês fazem aqui? - ele perguntou com uma voz de claro bom humor.
-Viemos atrás de você, estamos preocupados. - Hallie respondeu
-Por quê? Vocês nem me conhecem.
-Mas gostamos de você. E queremos o seu bem. - respondi.
-Olha, nem sei o que dizer. - ele concluiu, colocou o livro azul de volta na prateleira e caminhou até a saída da sala, nos deixando sozinhos ali.
Hallie não esperou nem um segundo e logo que o viu saindo pegou o livro, se tratava de O jardim dos mistérios, de Frank Lord. Um romance bem antigo de mil oitocentos e doze.
Assim que o abrimos encontramos uma carta, era uma letra muito bonita e como esperávamos se tratava da carta que Lya havia feito para Will antes de morrer, Hallie leu devagar e começou a chorar, a abracei e assim procuramos mais alguma coisa naquele livro.
Depois de analisar folha por folha encontramos na página quatrocentos e noventa e sete algumas frases escritas com uma caneta vermelha.
"Eu encontrei um jeito de nos deixarmos amar um ao outro mesmo estando tão longe agora, sei que fui egoísta e deixei você sozinho, talvez pudesse ter mudado as coisas e tornado tudo um pouco mais suportável, mas acredito que isso não seria possível, que toda a alegria que tivemos juntos não seria a mesma após eu lhe dar a notícia. Então Willian, eu quero que você se liberte, que possa amar alguém outra vez, não quero se tornar um fantasma na sua vida, apenas quero que se lembre que um dia alguém te amou muito, e que se fosse possível nunca deixaria de estar ao seu lado.
Com amor, Lya Thurow."
Foi diferente, foi estranho e ao mesmo tempo incrível ler algo que me deixasse sentir algo muito bonito dentro de mim, acredito que a escrita seja a maneira mais linda de eternizar o amor no mundo.
Olhei no relógio e percebi que já passavam das cinco horas da tarde, então Hallie e eu deixamos a biblioteca indo em direção a casa de Daniel. Paramos no carro para pegar alguns casacos já que estava começando a ficar um pouco gelado do que durante o dia.
Daniel nos recebeu com um bom humor incrível. Estávamos nos sentindo em casa não fosse o fato óbvio de estarmos bem longe de casa.
-Boa noite Senhor. - disse Hallie
-Sem cerimônias por favor, podem me chamar de Daniel.
-Tudo bem, bom, Will esteve na biblioteca e nós dois estamos aqui para tentar entender o que aconteceu com ele.
-Steve e Hallie, Will foi um rapaz genial, sempre que possível procurava estar perto de minha filha, foi uma tragédia enorme ter que a perder. Mas não foi só isso que o fez mudar, Evan puxou os olhos dela, o cabelo dela, e tudo nele o fazia lembrar de Lya. Então acredito que isso influenciou bastante. Mas pra ser sincero, eu vejo em vocês dois uma conexão bem parecida da que Will tinha com Lya, e não brinquem com o amor, não percam tempo com desculpas, aproveitem, por que um momento especial pode ser o último.
Conversamos por mais algumas horas e parecia que a viagem tinha ganhado outro sentido, eu fui acompanhado de uma menina que me fazia bem e que eu estava gostando muito, e voltei com uma namorada, pelo menos era assim que eu via a nossa relação daquele momento pra frente, a viagem serviu para nos unir mais ainda, mesmo que o objetivo não fosse esse no começo de tudo.
-O que vocês fazem aqui? - ele perguntou com uma voz de claro bom humor.
-Viemos atrás de você, estamos preocupados. - Hallie respondeu
-Por quê? Vocês nem me conhecem.
-Mas gostamos de você. E queremos o seu bem. - respondi.
-Olha, nem sei o que dizer. - ele concluiu, colocou o livro azul de volta na prateleira e caminhou até a saída da sala, nos deixando sozinhos ali.
Hallie não esperou nem um segundo e logo que o viu saindo pegou o livro, se tratava de O jardim dos mistérios, de Frank Lord. Um romance bem antigo de mil oitocentos e doze.
Assim que o abrimos encontramos uma carta, era uma letra muito bonita e como esperávamos se tratava da carta que Lya havia feito para Will antes de morrer, Hallie leu devagar e começou a chorar, a abracei e assim procuramos mais alguma coisa naquele livro.
Depois de analisar folha por folha encontramos na página quatrocentos e noventa e sete algumas frases escritas com uma caneta vermelha.
"Eu encontrei um jeito de nos deixarmos amar um ao outro mesmo estando tão longe agora, sei que fui egoísta e deixei você sozinho, talvez pudesse ter mudado as coisas e tornado tudo um pouco mais suportável, mas acredito que isso não seria possível, que toda a alegria que tivemos juntos não seria a mesma após eu lhe dar a notícia. Então Willian, eu quero que você se liberte, que possa amar alguém outra vez, não quero se tornar um fantasma na sua vida, apenas quero que se lembre que um dia alguém te amou muito, e que se fosse possível nunca deixaria de estar ao seu lado.
Com amor, Lya Thurow."
Foi diferente, foi estranho e ao mesmo tempo incrível ler algo que me deixasse sentir algo muito bonito dentro de mim, acredito que a escrita seja a maneira mais linda de eternizar o amor no mundo.
Olhei no relógio e percebi que já passavam das cinco horas da tarde, então Hallie e eu deixamos a biblioteca indo em direção a casa de Daniel. Paramos no carro para pegar alguns casacos já que estava começando a ficar um pouco gelado do que durante o dia.
Daniel nos recebeu com um bom humor incrível. Estávamos nos sentindo em casa não fosse o fato óbvio de estarmos bem longe de casa.
-Boa noite Senhor. - disse Hallie
-Sem cerimônias por favor, podem me chamar de Daniel.
-Tudo bem, bom, Will esteve na biblioteca e nós dois estamos aqui para tentar entender o que aconteceu com ele.
-Steve e Hallie, Will foi um rapaz genial, sempre que possível procurava estar perto de minha filha, foi uma tragédia enorme ter que a perder. Mas não foi só isso que o fez mudar, Evan puxou os olhos dela, o cabelo dela, e tudo nele o fazia lembrar de Lya. Então acredito que isso influenciou bastante. Mas pra ser sincero, eu vejo em vocês dois uma conexão bem parecida da que Will tinha com Lya, e não brinquem com o amor, não percam tempo com desculpas, aproveitem, por que um momento especial pode ser o último.
Conversamos por mais algumas horas e parecia que a viagem tinha ganhado outro sentido, eu fui acompanhado de uma menina que me fazia bem e que eu estava gostando muito, e voltei com uma namorada, pelo menos era assim que eu via a nossa relação daquele momento pra frente, a viagem serviu para nos unir mais ainda, mesmo que o objetivo não fosse esse no começo de tudo.