Trata-se de um romance mexicano escrito por Juan Villoro, editado recentemente no Brasil, cujo enredo trata da violência endêmica na sociedade mexicana, em certos aspectos bem parecida com a brasileira, situação agravada pela interferência dos Estados Unidos e pela ação do narcotráfico. Quem conduz a narrativa é Tony Góngora, ex-roqueiro aposentado com vazios na memória por abuso de droga. À medida em que a narrativa enfoca cada vez mais o passado de Tony como roqueiro e bicho-grilo dos anos 1970 aos 1990, mais se imiscui na trama o México infernal do século 21, com os rios de sangue vertidos pelo narcotráfico, que o autor, inteligentemente, associa ao dos sacrifícios maias, centro de um passado histórico e mítico também regado com sangue.