Resenha do livro "Orgulho e Preconceito"

A autora Jane Austen nasceu em Steventon, Hampshire em 1775 e começou a escrever ainda adolescente, apenas por diversão. Sua saúde sempre fora frágil e, em 1817 veio a falecer aos 42 anos. Alguns de seus romances mais conhecidos são Razão e Sensibilidade e Orgulho e Preconceito.

Jane Austen retrata costumes de sua época. O romance conta a história da família Bennet, uma família simples do interior da Inglaterra, formada pelo pai, pela mãe e por cinco irmãs: Elizabeth Bennet, Jane Bennet, Mary Bennet, Kitty Bennet e Lydia Bennet. O romance é narrado em primeira pessoa (pela voz de Elizabeth Bennet) e em terceira pessoa; quanto aos personagens, apresentam grandes peculiaridades. Elizabeth Bennet é uma mulher instruída e muito observadora, extremamente sensata e a filha preferida do sr. Bennet. Jane é a mais velha das irmãs e a mais bela delas, também é uma mulher sensata, de educação esmerada e modos comedidos. Mary é excessivamente instruída, em uma linguagem moderna, seria a verdadeira “Nerd”, sempre lendo e resumindo os livros aos quais se dedicou. Kitty e Lydia são as irmãs mais novas de“maus” modos, são namoradeiras e seu único interesse é ir até o condado vizinho ver os oficiais que lá estão acampados. O sr. Bennet é homem de poucas palavras, de humor bom, mas ao mesmo tempo sagaz. A sra. Bennet é a mãe que deseja desesperadamente casar as filhas; a boa esposa preocupada por saber que por lei a casa onde vivem não lhes pertencerá após a morte do esposo, já que não tiveram um filho varão que a pudesse herdar.

Toda a ação do livro começa com a boa sra. Bennet pedindo que o marido vá visitar o novo vizinho, sr. Charles Bingley, homem jovem e de bons rendimentos, que mudou-se para a propriedade próxima a eles. Sua intenção: Travar boas relações com o jovem desconhecido na intenção de casar uma das filhas. Após uma pretensa recusa (apenas para irritar a esposa) o sr. Bennet faz a tal visita. É inegável o encantamento do sr. Bingley com a jovem Jane Bennet. Ocorre que Bingley tem um grande amigo: Fritzwilliam Darcy, homem de modos arredios e aparentemente muito orgulhoso. Assim como Elizabeth Bennet, Darcy é instruído, observador e sagaz e, durante cada encontro com a moça, pode-se notar uma severa disputa de opiniões/pontos de vista. A sociedade interiorana em que vivem as irmãs Bennet sem mais explicações rotula os rapazes: Bingley é o bom garoto que todas desejam como genro; Darcy é o homem rico, desagradável e de maus-modos. Outro personagem engraçado é o sr. Collins, tio das meninas Bennet e protegido de Lady Catherine (Tia do Sr. Darcy) que o escolheu para reitoria da paróquia de sua propriedade: Sr. Collins é o herdeiro legal da propriedade onde residem os Bennet e, procurando uma esposa, encanta-se com Elizabeth, que o recusa para desespero da mãe. Ele é o tipo de homem enfadonho, de horizontes fechados. Acaba casando-se com a amiga de Elizabeth.

A história desenrola-se num ritmo constante e agradável e leitores que possuam imaginação aflorada quase conseguem "ouvir" a srta. Bennet "narrando" a história. Não é a toa que o livro ganhou adaptações para o teatro e televisão, inspirou vários outros trabalhos literários, além de ter sido adaptado quatro vezes para o cinema, nos anos de 1940, 2003, 2004 e 2005.

Bob Regina
Enviado por Bob Regina em 18/08/2014
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