BUBLLE GUM -
Comentários de VALDEZ JUVAL


Costumo pôr data na primeira página do livro, sempre que termino a leitura.
Observei então que hoje completo 70 dias da conclusão de BUBBLE GUM.
É esse o tempo que me permiti ficar ausente de ler ou escrever.
Exceção para uma despretensiosa croniqueta “A amante de meu pai”, recentemente publicada.
Senti-me um pouco transtornado.
Já comentei anteriormente, mesmo sem o dom de “crítico”, que não me atraem a leitura de autores que usam o seu poder intelectual para forçarem textos que confundem ou nos encaminha para raciocínios incompatíveis até com as expressões contidas em seus argumentos. E geram artimanhas, deslocações de cenários, alteração ou complementação de personagens, todos formando a teia idealizada para somente no final, num quase aleatório pensamento, encontrar o título BUBBLE GUM para o seu filme “porque tudo nele parecia oco, rosa e pegajoso: cenários, argumentos, emoções, até os próprios personagens, inclusive eu eram ocos, rosa e pegajosos, à beira de estourar, e aquilo que perseguiam, a sacrossanta redenção, a sacrossanta celebridade, se tornava, durante as pseudo filmagens do não-filme, tão oco, rosa, banal e breve como uma pequenina bola de chiclete, a qual acabaria inexoravelmente explodindo na sua cara.” (palavras da autora).
O livro de Lolita Pille é um romance sobre a manipulação e ela não poupa o seu leitor. Mas não será por minha discordância ou comentário que possa prejudicar a sua circulação, pois já entrou na lista dos mais vendidos da França.



 
valdezjuval
Enviado por valdezjuval em 19/09/2014
Reeditado em 19/12/2019
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